Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 581

Késia segurou a mão de Ricardo enquanto ambos permaneceram parados embaixo do edifício, observando o carro de Givaldo se afastar.

Ela já se preparava para subir com Ricardo quando, pelo canto do olho, notou um carro preto estacionado na esquina. Não conseguiu distinguir a placa, tampouco enxergar se havia alguém dentro, mas sentiu, de forma inexplicável, que estava sendo observada.

“Mãe, o que foi?” perguntou Ricardo.

“Nada, vamos para casa.” Késia desviou o olhar e entrou no prédio com Ricardo.

No elevador, Ricardo não conseguiu se conter e disse: “A Vânia passou dos limites hoje! Ela nunca foi assim.”

De fato, Vânia tinha sido criada com certos caprichos, um pouco mimada, mas nunca tomava a iniciativa de maltratar alguém; inclusive, já havia defendido Flávia antes...

Com a testa franzida, Ricardo decidiu que precisava conversar seriamente com a irmã.

Késia não comentou nada. Vânia realmente havia partido seu coração. Forçar-se a agradar a filha, tentando se aproximar, já não era algo que ela tinha forças para fazer.

Ela passou a fazer apenas o que estava ao seu alcance, sem mais se esforçar além do necessário.

Ao chegarem em casa e abrirem a porta, encontraram tudo em perfeita ordem, graças à Corina, que também já havia deixado o pijama de Ricardo separado.

Corina foi preparar o banho para Ricardo.

Késia vestiu uma roupa confortável e, ao abrir o computador para pesquisar alguns assuntos, acabou olhando para a noite sem fim do lado de fora da janela. Lembrou-se do carro parado no canto e sentiu um leve desconforto.

De repente, Késia levantou-se e saiu do quarto.

“Corina, percebi que o leite na geladeira está acabando. Vou até a loja de conveniência comprar uma caixa.”

Corina respondeu: “Ainda tem meia caixa, senhora. Posso comprar amanhã se preferir.”

“Não se preocupe, eu mesma vou. Quero aproveitar para caminhar um pouco.”

“Senhora, deseja que eu a acompanhe?”

“Não, Corina, fique com o Ricardo, por favor.”

Késia desceu segurando o celular.

O carro preto continuava no mesmo lugar. No banco traseiro, uma mão repousava para fora da janela, segurando um cigarro entre os dedos longos e finos, exibindo parte do punho.

Késia caminhou alguns passos na direção do carro preto e conseguiu ver a placa.

Não era o carro de Demétrio.

Ela achou graça de si mesma.

Por que, ao ver um sedã preto esperando alguém, pensaria logo em Demétrio?

“Se eu quiser te ver, posso te procurar?”

VERIFYCAPTCHA_LABELVerificar