Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 651

Arnaldo ficou em silêncio por um momento, depois se virou e caminhou em direção a Leôncio. Gerson, assustado, estava prestes a segui-lo, mas relaxou quando viu Arnaldo se sentar ao lado de Leôncio e brindar com ele.

Na verdade, Gerson estava certo. Era apenas uma mulher. Depois de perceber que tipo de pessoa Geovana era, Leôncio se afastou rapidamente. Agora, ele sentia vergonha só de mencionar o nome dela.

Leôncio olhou para Arnaldo e disse, perspicaz: “Acabou de vir da casa da Késia?”

Arnaldo: “?”

Leôncio zombou e tomou um gole de sua bebida: “Com essa cara amarrada, só pode ter levado um fora da Késia, não é?”

Arnaldo: “...Cale a boca.”

Leôncio balançou a garrafa de bebida.

“Você é mesmo interessante. Antes, não parecia dar muito valor a ela. Agora que estão divorciados, vive arranjando desculpas para se aproximar dela? O que é, quer voltar com ela, é?”

Arnaldo bebeu em silêncio. Depois de um tempo, disse com hálito de álcool: “Eu só não me conformo. Ela me amou por tantos anos, me deu dois filhos, e faz tão pouco tempo que nos divorciamos... e ela já está com o Demétrio! Com que direito a Késia esquece tudo tão rápido?”

A garrafa na mão de Leôncio parou, e ele franziu a testa ligeiramente: “Você está dizendo que a Késia está mesmo com o Demétrio?”

Arnaldo: “Ah, já estão morando juntos.”

Leôncio lembrou-se de seu primeiro encontro com Demétrio no exterior, anos atrás, e disse com um tom enigmático: “Então, reze para que o interesse de Demétrio por ela seja grande e duradouro. Se um dia eles terminarem, avise a Késia para não insistir. Aquele louco do Demétrio... ele é capaz de matar.”

Ele havia visto, apenas uma vez, e a impressão foi marcante.

“O que você disse?” Arnaldo se endireitou. O álcool começava a subir ao seu rosto. Ele olhou para Leôncio e perguntou, franzindo a testa: “Você viu o Demétrio...”

Leôncio, um pouco receoso da família Rodrigues, olhou ao redor para se certificar de que ninguém estava prestando atenção e então sussurrou: “Eu vi o Demétrio uma vez no exterior, alguns anos atrás, em um clube de luta onde se apostava a vida. Eram só uns herdeiros malucos e drogados se divertindo. Geralmente, quem subia naquele ringue eram pessoas desesperadas por dinheiro, trocando a vida por uma grana, e ainda injetavam um monte de drogas proibidas para aumentar a força.”

“Os músculos deles eram tão grandes que nem pareciam humanos. Mas Demétrio era a exceção. Ele parecia estar ali para morrer... Claro, no final, ele não morreu. Foram os outros que caíram.”

Leôncio ainda achava inacreditável ao se lembrar: “Ele parecia gostar, parecia aproveitar aquela cena. Eu estava na plateia e, quando ele olhou na minha direção, senti um arrepio até os ossos. Nunca imaginei que a família Rodrigues pudesse ter um louco como ele...”

Arnaldo de repente agarrou seu braço: “Qual era o nome daquele clube de luta, em que cidade ficava? O que mais você sabe sobre o Demétrio, me conte tudo!”