Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 658

Assim que Késia saiu pela porta da empresa, viu o carro de Demétrio.

Demétrio desceu do carro, vestindo um sobretudo cinza-chumbo de corte impecável. Embora fosse um modelo simples, nele parecia elegante e estiloso, como se tivesse acabado de sair de uma passarela.

Késia sorriu e caminhou rapidamente em sua direção. Demétrio abriu os braços e a acolheu em um abraço.

“A Sra. Cardoso trabalhou muito”, disse ele, formalmente.

Sérgio, que vinha logo atrás, ficou chocado ao ver a cena.

“Sr. Rodrigues, Késia! Vocês...”

Késia segurou o braço de Demétrio e o apresentou sem rodeios: “Sérgio, deixe-me apresentá-lo novamente. Este é meu namorado, Demétrio.”

Os olhos de Sérgio se arregalaram ainda mais, e ele quase mordeu a própria língua.

Demétrio estendeu a mão por iniciativa própria. “Prazer, Sérgio. Obrigado por sempre cuidar de Késia.”

Sérgio apertou sua mão, rindo sem graça. “Prazer, Sr. Rodrigues. Você é muito gentil, ela é a minha Késia, é meu dever cuidar dela.”

Ele lançou um olhar significativo para Késia. “Você escondeu bem, hein!”

Késia respondeu, impotente: “Eu pretendia contar a todos hoje, mas fui chamada para ser consultora de última hora e não tive tempo.”

Enquanto falavam, a expressão de Sérgio mudou de repente. Ele olhou para trás deles e resmungou em voz baixa: “Que azar.”

Késia: “?”

Ela se virou e viu a figura de Arnaldo se aproximando. No entanto, o olhar de Arnaldo não estava nela, mas em Demétrio, ao seu lado.

Arnaldo se aproximou, um leve sorriso torto no canto dos lábios, e cumprimentou Demétrio: “Sr. Rodrigues, há quanto tempo.”

Ele enfatizou deliberadamente “Sr. Rodrigues”, como se para lembrar a Demétrio de sua identidade: por mais ilustre que fosse o sobrenome Rodrigues, ele não passava de um filho ilegítimo.

Arnaldo estendeu a mão para Demétrio, que estreitou os olhos escuros.

Seus olhares se encontraram, e faíscas pareceram saltar no ar.

Sérgio quase podia sentir o cheiro de pólvora no ar.

Demétrio deixou Arnaldo esperando por alguns segundos antes de estender a mão lentamente para um aperto educado.

“Há quanto tempo”, Demétrio sorriu. “Ouvi dizer que sua irmã pulou da janela do segundo andar para fugir de casa e ir atrás de Givaldo, e acabou quebrando a perna? O Sr. Castilho está com tantos problemas familiares, mas hoje parece ter tempo livre.”

Pérola pulou do segundo andar para ir atrás de Givaldo?

Késia ficou sabendo da fofoca e olhou para Demétrio com surpresa.

Demétrio captou seu olhar, virou-se para ela e, naturalmente, inclinou-se para beijar sua testa.

Como se o olhar dela não fosse de curiosidade pela fofoca, mas um convite para uma demonstração de afeto.

Késia: “...”

Demétrio olhou para o rosto endurecido de Arnaldo, e o sorriso em seus lábios se aprofundou. Ele se virou para Sérgio: “Sérgio, Késia e eu vamos indo. Outro dia, eu, como namorado de Késia, convidarei formalmente todos para jantar.”

Sérgio: “Combinado.”