Depois do Divórcio, Eu Cavalgo as Ondas na Alta Sociedade！ romance Capítulo 158

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As palavras dele aumentaram aquele sentimento inexplicável de passividade dentro de mim, e subitamente se aprofundaram um pouco mais. Esse sentimento de falta de controle sempre me deixou inquieta.

Baixei os olhos um pouco nervosa, abraçando sua cintura estreita. Internamente, eu estava em confusão. Admitia que minha afeição por ele já não era apenas um leve interesse, mas sim uma queda involuntária na armadilha de sua gentileza.

Sim, era uma armadilha. Eu sempre tive a sensação de que caí irremediavelmente nela.

No entanto, ele permanecia excepcionalmente lúcido, como um timoneiro que, nas sombras, controlava tudo. Parecia que ele estava sempre ciente do que se passava em meu coração, mas eu não sabia nada sobre ele. Quando ele dizia que gostava de mim, eu só encarava como um modo de se desculpar.

Não conseguia entender de jeito nenhum, do ponto de vista dele, o significado da palavra "gosto" que ele me dizia.

Sua posição, sua condição, sua aparência, sua idade... Tudo, absolutamente tudo, não condizia comigo. Eu deveria ser mais velha que ele, sendo mãe de uma criança de 4 anos e já tendo tido um casamento fracassado.

Mas para ele, com suas condições, como poderia estar carente de mulheres?

Descobri que, nesse período, Daniel já se enraizava completamente em meu coração. Só que eu era teimosa demais para admitir isso. No entanto, meu coração, meu corpo, minha mente, todos me traíam, todos pensavam nele.

Não sabia realmente o que fazer, se deveria me afastar o mais rápido possível ou seguir o conselho dele e me livrar disso. Caso contrário, eu sabia, seria eu quem sairia ferida.

- Esta é a verdadeira razão pela qual você não atende minhas chamadas, você está me evitando.

Sua voz e seu olhar ficaram frios.

Instintivamente, dei dois passos para trás e olhei para cima, encarando seu rosto. As luzes do parque continuavam a mudar de cor e seu rosto também.

- Você está certo, estou te evitando. Quero me libertar, agora mais do que nunca, porque... Realmente não sou digna de você. Talvez eu tenha pensado demais, enquanto você nem sequer considerou o que eu penso. Alguém como você, com seu status e posição, não teria falta de mulheres, não sei quantas damas e herdeiras estariam dispostas a se render a você. Enquanto eu não tenho nada, sou mais velha que você e tenho uma filha. Sou apenas uma mulher divorciada e fracassada. Com o que posso me equiparar a você? É verdade, eu gosto de você, já me perdi um pouco, mas você está certo, não posso brincar, não posso perder, não posso suportar mais. Por isso...

Levantei o rosto novamente, meus olhos se encheram de lágrimas, minha voz estava trêmula.

- Por isso...