Depois do Divórcio, Eu Cavalgo as Ondas na Alta Sociedade！ romance Capítulo 40

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O que vi à minha frente foi tão chocante que dei um passo para trás, tomado por um medo que nunca havia sentido antes.

Arregalei os olhos, na esperança de que o que via fosse apenas um equívoco visual, mas percebi claramente aqueles dois rostos: um era Vitor e o outro era Joyce...

Quase gritei, mesmo sabendo que Vitor me traía, que ele faria sexo com outra mulher, mas nunca imaginaria que a pessoa seria sua irmã...

Meu corpo inteiro parecia ter sido atingido por um raio e não conseguia me mover. A reação normal de qualquer pessoa seria arrombar a porta, mas fui estúpida. Meus braços e pernas pesavam como se estivessem presos ao chão. Uma ‘luta’ feroz acontecia lá dentro, meus ouvidos zumbiam e meus olhos permaneciam bem abertos.

O lampejo de consciência remanescente me despertou abruptamente. Com as mãos trêmulas, peguei meu celular, tirei algumas fotos e gravei um vídeo antes de sair silenciosamente.

Uma onda de náusea me atingiu, cobri a boca e desci correndo as escadas. Então, saí do condomínio, correndo descontroladamente pelas ruas desertas na noite escura, como um pião chicoteado, girando rapidamente. Sem direção ou destino, apenas continuei correndo.

A única palavra que ecoava em minha mente era: nojento.

Inconscientemente, corri pela rua Castilho até o rio. O fogo violento em meu peito queimou meu corpo e mente. Tudo ficou claro, extremamente claro.

Na verdade, ele estava envolvido romanticamente com sua própria irmã. Não era surpresa que Joyce estivesse sempre contra mim. Não era surpresa que Vitor amasse Joyce fervorosamente, permitindo que ela agisse de maneira desrespeitosa, dominadora e até negligenciasse sua própria filha... Não era à toa que ela teve a audácia de ir à Mansão Kam Fai para se tornar a Sra. Joyce. Não era surpresa que Amadeu tenha dito que nunca viu Vitor sair com uma mulher desconhecida. Não era surpresa que ela pudesse agir abertamente com seu irmão para fazer negócios. Não era surpresa que o nome naquela casa fosse Joyce Barreto...

Gritei tristemente à beira do rio. Por quê? Por que tudo aconteceu assim? Nojento! Me senti completamente suja. Corri descontroladamente pela barragem e me joguei nas águas do rio. Queria me lavar...

As águas geladas e penetrantes do rio me envolveram, me fazendo despertar instantaneamente. No entanto, quando tentei voltar, já era tarde demais. A correnteza impetuosa me impedia de ter controle, e me debatia em confusão. Apenas ouvi um som que alguém soltou no rio, e logo uma mão agarrou meu braço, me puxando em direção à margem...

Fui retirada da água e lançada ao chão, onde permaneci deitada, respirando profundamente e tossindo.

Diante de mim, se erguia um homem alto, como se dominasse os céus e a terra. Ele ficava contra a luz, com água escorrendo de sua cabeça. Suas sobrancelhas estavam fortemente franzidas. Sob a luz amarela, seu rosto tinha uma expressão severa, como a de um deus, transmitindo uma aura sombria e intimidante.

Foi então que percebi que o homem que me salvou era Daniel.