Mesmo naquela situação, Bruno ainda conseguia manter a calma. Ele fechou a porta do carro com gentileza e ainda teve o cuidado de alertar o “cachorrinho” delas:
— A Presidente Helena está grávida, então dirija com cuidado, sem freadas bruscas.
O cachorrinho Fabrício rangeu os dentes de raiva. “Mas que falsidade!”
Nesse instante, o celular de Bruno tocou. Ele olhou a tela, mas não atendeu.
Helena adivinhou quem era.
Bruno explicou suavemente:
— Fica tranquila, eu vou resolver isso.
Helena não respondeu. O assunto entre ele e Melissa não dizia respeito a ela.
Nessa hora, Fabrício acelerou, arrancando com tudo. O carro disparou, e propositalmente deixou uma nuvem de fumaça preta na cara de Bruno.
Bruno ficou parado ali, entre os bordos vermelhos da montanha, observando o carro se afastar. As folhas rubras, como fogo, realçavam ainda mais sua figura elegante e distinta.
...
Ao entardecer, Bruno chegou no Hospital Conceição.
Os pais de Melissa estavam no quarto tentando confortar a filha, repetindo que Bruno não a abandonaria.
Melissa, encostada na cabeceira da cama, chorava em silêncio.
A porta do quarto se abriu. A Sra. Fernandes virou o rosto, exclamando surpresa e feliz:
— Falando nele, Melissa, olha quem chegou!
Bruno entrou. A Sra. Fernandes o recebeu calorosamente, como quem acolhe um genro, mas Bruno manteve o tom frio. Pediu que saíssem, pois queria falar a sós com Melissa.
O casal ficou surpreso. Perceberam que não era boa coisa, mas não ousaram desobedecer. Afinal, o estado de Melissa dependia do dinheiro de Bruno para o tratamento.
Quando os dois saíram, Bruno olhou para a mulher frágil à sua frente e a chamou:
— Melissa...
As lágrimas caíram do rosto de Melissa. Ela sorriu amargamente:
— Veio fazer o quê? Você não ia ser pai? Não tinha decidido que não viria mais, que não atenderia meus telefonemas?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...