Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 251

Helena baixou o olhar e viu o olhar de Bruno sobre ela, terno e profundo.

Ela não se deixou comover, pelo contrário, havia uma tristeza amarga em seu peito. Ela levantou levemente o queixo, controlando as lágrimas, e a voz saiu rouca:

— Bruno, como é que eu posso perdoar? Como podemos ainda ser marido e mulher? Todas aquelas noites, já estou seca de tanto chorar, meu coração se quebrou tanto que nem eu mesma consigo mais juntar os pedaços. Se não fosse a minha paixão por você naquela época, a minha avó ainda estaria bem... Ela ainda estaria bem.

Helena abaixou os olhos, as lágrimas brilhavam no canto deles.

Bruno sentiu o coração amolecer imediatamente. Ele compreendeu o que se passava na mente de Helena: ela se culpava profundamente, atribuía a si mesma o maior erro, e por isso não conseguia perdoar.

Com a ponta dos dedos ásperos, ele limpou suavemente suas lágrimas, mas a pele dela era tão delicada que logo se avermelhou, despertando ainda mais ternura. Bruno não resistiu e se inclinou para beijar aquele pedaço delicado da pele.

E assim, o canto dos olhos de Helena parecia ainda mais vulnerável.

Eles ficaram muito próximos, os corpos tremendo, mergulhados em lembranças das quais não conseguiam se libertar. Tudo isso foi por causa das segundas intenções indevidas que Bruno teve momentos atrás.

Ele sussurrou, em tom baixo e doce:

— Não chore, senão as crianças vão ver e pensar que eu estou judiando de você.

Helena tentou ficar séria, mas estava chorando demais, sem forças para manter a expressão. Bruno, por sua vez, achou aquilo muito fofo. Ele não se conteve e disse:

— Você não era assim antes, agora parece uma boneca feita de água, chorando o tempo todo.

Helena o ignorou, se virando de costas.

Nesse momento, ouviram batidas na porta, Gonçalo entrou correndo em seguida.

Assim que entrou, viu a mãe com os olhos vermelhos, sinais claros de que havia chorado. Ele estendeu a mãozinha, dizendo:

— Deixa eu limpar suas lágrimas, mamãe.

Helena abraçou o pequeno, enterrando o rosto em seu pescoço e falando com a voz embargada:

— A mamãe não chorou, meu bem.