Rui franziu a testa, reclamando:
— Que história é essa de destino? Não acredito nessa joça.
Ele queria perguntar à Helena se ela gostava dele, mas, ao ver as lágrimas nos olhos dela, não conseguiu.
"Olha só, deixei uma mulher numa situação dessas... Que direito eu tenho de exigir que ela goste de mim?"
Rui ergueu a xícara de café e bebeu de uma só vez. No final, olhou para Helena com muita intensidade, dizendo:
— Se ele te decepcionar, eu vou estar te esperando.
Helena sorriu levemente e acenou. Na verdade, mesmo que desse tudo errado de novo, ela não iria procurá-lo. Ela e Rui não tinham um destino juntos.
...
Helena voltou para o carro.
Quando o veículo partiu, Bruno se encostou no banco de trás e, segurando o celular com uma mão para resolver assuntos simples de trabalho, perguntou casualmente a ela:
— Você gosta dele, né? — No tom, havia uma tensão que quase não se percebia.
Helena virou a cabeça para a janela e respondeu friamente:
— Isso não é da sua conta!
Bruno não insistiu, apenas abaixou a cabeça e continuou a mexer no celular. Mas, cerca de cinco minutos depois, segurou de repente a mão de Helena.
— Bruno! — Exclamou ela, a força do homem a assustou.
No carro escuro, os olhos dele eram profundos, indecifráveis, carregados de um significado masculino difícil de compreender. A voz rouca e baixa saiu quase um sussurro:
— Não permito que você goste de outro! — Mesmo sabendo que não deveria, ele completou. — Helena, você é minha.
Helena, se debatendo, falou sem rodeios:
— Bruno, pare de ter ataque de ciúmes em plena luz do dia. Já deu!
O olhar da médica se voltou para Bruno, mas ele aguardava a resposta de Helena.
No final, ela optou pela fertilização in vitro, e a médica também não insistiu mais. Após os exames, Helena estava pronta para tomar a injeção de indução da ovulação.
Doeu, mas ela suportou firme. Depois, se levantou do leito, apoiando a cintura, sentindo dor e pressão nos quadris e joelhos.
Bruno estava à porta. Assim que Helena saiu, ele a segurou com cuidado. Ela estava tão fraca que não tinha forças nem para empurrá-lo. Pela primeira vez em muito tempo, eles caminharam lado a lado, apoiados um no outro, até o carro.
Assim que se sentou dentro do carro, Helena se encolheu. Ela se sentia péssima, o suor miúdo escorria pela testa, as costas já estavam molhadas pelo esforço. Ainda teria de tomar várias injeções, mas tinha que suportar. Como diziam, quando uma mulher se tornasse mãe, não existia mais limite para a dor que se podia aguentar.
No meio da dor e da confusão, Helena sentiu que estava deitada nos braços de Bruno. Seu rosto encostado no peito dele, o nariz inalando o perfume limpo e agradável do corpo masculino, com leve aroma de loção pós-barba e do sabonete do banho.
Meio de olhos fechados, ela pareceu ouvir a secretária Juliana dizer:
— A Srta. Helena é sensível a esse tipo de injeção. Se não der, é melhor optarem pela concepção natural! Isso é sofrimento demais.
A voz de Bruno, profunda e rouca, ela não conseguiu ouvir direito. Ele disse algo, mas Helena já havia desmaiado, entregue ao sono.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Já está uma semana no capítulo 530. Não vão finalizar o livro?...
A história é maravilhosa, mas e as atualizações? GoodNovel lembre-se do seu compromisso com os leitores....
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...