Ele olhou para o lado, a filha parecia ter crescido mais um pouco.
Mas antes que pudesse dar partida, o celular tocou dentro do porta-objetos. Ele atendeu e, em segundos, seu semblante ficou sério. Havia um problema urgente na empresa, e ele precisava resolver imediatamente.
Contudo, Jéssica ainda esperava o jantar prometido.
Eduardo desligou e explicou com paciência:
— O papai precisa ir para a empresa agora. Que tal você ir comer com a tia Katrina? O restaurante em frente à empresa também é ótimo.
O rostinho da menina demonstrou decepção. Só via o pai uma vez por semana, e ele ainda teria que trabalhar... Mas Jéssica era uma criança compreensiva, e assentiu obedientemente:
— Eu vou me comportar com a tia Katrina, papai.
Mesmo que Yasmin tivesse brigado com Eduardo, ela nunca falou mal dele e de Katrina na frente da filha. Por isso, Jéssica nunca demonstrava má vontade com Katrina.
Eduardo acariciou sua cabeça, prometendo:
— Quando eu terminar, te levo no parque de diversões noturno.
Os olhos da menina brilharam.
— Então o papai vai ligar para a mamãe para avisar?
— Eu ligo. — Respondeu ele, sorrindo.
O carro chegou ao prédio do Grupo Yael. Era a primeira vez que Jéssica visitava o local de trabalho do pai. Eduardo, orgulhoso, a levou nos braços até o andar de cima. Todos que cruzavam o caminho, olhavam com curiosidade, adivinhando que aquela devia ser a filha dele com Yasmin, e realmente era linda e bem cuidada.
Jéssica ficou um pouco assustada com tantos estranhos olhando para ela e se encolheu timidamente contra o pescoço do pai, até o elevador se abrir no último andar.
A secretária Maíra veio recepcioná-los com um sorriso e apertou levemente a bochecha da menina, perguntando:
— Quer brincar um pouco na sala das secretárias?
Eduardo falou de modo contido:
— A Katrina vai levar ela para comer. Ela acabou de sair da escola, deve estar com fome.
Jéssica puxou sua mão, dizendo baixinho:
— Tia, está vermelho.
Mas Katrina parecia não ouvir.
O som de freios ecoou, agudo e desesperado.
Quando finalmente percebeu o carro branco vindo em sua direção, o instinto de sobrevivência falou mais alto. Katrina largou a mão de Jéssica e saltou para o lado.
O carro tentou frear, mas era tarde demais.
O impacto foi brutal. O pequeno corpo foi arremessado ao ar e caiu pesadamente no asfalto. O vestidinho amarelo, a mochilinha fofa, o coelhinho pendurado...
Só existiam dois daqueles coelhinhos no mundo. Um de Eduardo, o outro, de Jéssica.
E agora, o de Jéssica foi tingido lentamente de vermelho.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Já está uma semana no capítulo 530. Não vão finalizar o livro?...
A história é maravilhosa, mas e as atualizações? GoodNovel lembre-se do seu compromisso com os leitores....
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...