Na faixa de pedestres, um pequeno corpo estava encolhido, coberto de sangue. Ela se convulsionava sem parar.
Jéssica estava quase inconsciente, a mente confusa, mas ainda se lembrava do que o papai havia dito, que ia levá-la ao parque de diversões noturno e que ligaria para a mamãe. Mas agora...
"Está doendo tanto... E está tão frio... Papai, você pode vir primeiro? Pode abraçar a Jéssica? Não... Não me entregue para a tia..."
Aos poucos, uma multidão se formou ao redor.
As pessoas olhavam para aquela garotinha infeliz, deitada no meio da rua. Ninguém sabia de que família era, ou que tipo de pai ou mãe descuidado atravessaria um sinal vermelho com uma criança.
O motorista saiu correndo do carro e se agachou ao lado dela para verificar seu estado.
A menina ainda convulsionava, os olhos bem fechados, murmurando pausadamente com a voz fraca:
– Papai... Liga para a mamãe... A Jéssica ainda quer ir ao parque... Faz tanto tempo... Que não vai com o papai...
O motorista não ousou movê-la, ligou imediatamente para a emergência e para a polícia de trânsito. Ele gritava:
– Quem é o responsável por essa criança?!
Atrás da multidão, Katrina olhava, paralisada, para o corpo ensanguentado de Jéssica. Ela não conseguia acreditar no que via. Tremia da cabeça aos pés, sem saber o que fazer.
O pôr do sol tingia o chão com uma luz morna. Jéssica, deitada no asfalto, sentia as pálpebras cada vez mais pesadas.
"Estou tão cansada... Que sono, eu quero dormir... Mamãe, onde você está? A Jéssica quer voltar para casa..."
Uma sombra alta apareceu, cobrindo seu corpo.
"Ah, é o papai..."
...
Vinte minutos depois, toda a família Lima estava reunida no hospital.
Jéssica era do tipo sanguíneo B, e quase todos os homens da família Lima também eram. Um a um, se alinharam para doar sangue à menininha adorada. Ela era um membro da família, e não importava quanto fosse preciso dar.
Mesmo assim, o estado de Jéssica era grave: ruptura do baço, forte concussão cerebral, hemorragia intensa. Em apenas meia hora, duas notificações de risco de morte foram emitidas.
Cada vez que Eduardo assinava, os dedos tremiam tanto que quase rasgavam o papel. Se ajoelhar pudesse salvá-la, ele o faria sem hesitar.
Vitor e Estella também estavam desesperados. Jéssica era o único tesouro deles, a esperança, a vida. Eles também a protegeriam com tudo que tinham. Vítor ainda conseguia se conter, mas sua esposa, não. Descontrolada, Estella apontou o dedo para Eduardo e Katrina:
– Você estava ocupado demais no trabalho, por que não levou a criança de volta para casa? Quem é ela? Nem sequer pode ser chamada de madrasta! E você ainda entrega a menina para ela? Ela não pode ter filhos, com certeza quis machucar de propósito a nossa Jéssica! Se algo acontecer à menina, como vou encarar a mãe dela? Nem eu e nem o seu pai vamos mais ter cara para viver, mas antes de irmos, não vamos deixar vocês dois impunes!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Já está uma semana no capítulo 530. Não vão finalizar o livro?...
A história é maravilhosa, mas e as atualizações? GoodNovel lembre-se do seu compromisso com os leitores....
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...