Quando o carro estava prestes a dar a partida, Eduardo de repente parou de novo. Ele deixou as duas mãos sobre o volante e ficou olhando para fora, em transe. Uma mulher grávida, barrigão à vista, caminhava do outro lado da rua, acompanhada do marido. Os dois conversavam e riam, e o rosto dela era todo cheio de felicidade. Essa cena o fez pensar em Yasmin.
Yasmin engravidou duas vezes, uma ele nem sequer estava por perto, nem soube que tinha acontecido. Desta vez, ainda pior.
"Parece que eu nunca trouxe felicidade para ela... Apenas tempestade."
Os olhos de Eduardo ficaram vermelhos. Ele baixou a cabeça sobre o volante e ficou ali por um longo tempo antes de finalmente voltar a ligar o carro.
Meia hora depois, ele retornou à mansão. Assim que estacionou, uma empregada veio recebê-lo e falou em voz baixa:
— A senhora voltou ontem à noite, estava furiosa... Quebrou algumas coisas e chorou até de madrugada. O senhor não quer ir lá consolar?
Eduardo soltou um botão do paletó, o semblante carregado. A empregada não se atreveu a continuar.
Ao meio-dia, a casa estava silenciosa. Ele subiu a escada em direção ao segundo andar, com o coração em conflito, e logo chegou à suíte principal, empurrando a porta devagar.
Katrina estava lá, de roupão, mexendo no celular. Ao ouvir a porta abrir, ela falou naturalmente:
— Você voltou? Meu irmão ligou agora há pouco, perguntou quando nossas duas famílias vão se sentar para acertar o jantar e discutir os detalhes do casamento.
Uma frase simples, mas insensível ao extremo.
Eduardo largou o paletó no sofá e se sentou diante dela, encarando seu rosto enquanto falava:
— A Jéssica está internada. Não é um bom momento para realizar o casamento por agora.
Katrina franziu a testa e reclamou, insatisfeita:
— Mas ela tem a Yasmin cuidando, não tem? Não tem nada a ver com a gente. Além disso, foi ela que quis ter aquela criança, e o que está na barriga também foi ela que escolheu manter. Eduardo, não vai ficar de coração mole agora, hein!
Eduardo respondeu com uma cara inexpressiva:
— A Jéssica perdeu o baço.
Katrina deu um tapinha leve no braço dele, falando:
— O importante é que está viva.
Eduardo a observou como se a visse pela primeira vez. O olhar era profundo, fixo. Katrina continuou no celular, conversando com o irmão mais velho, sem perceber nada, até que ele disse:
— Senhor, tem dois policiais lá embaixo. Disseram que precisam da senhora para cooperar com a investigação do acidente e colher o depoimento.
Eduardo olhou para Katrina. Ela respondeu na hora:
— Diga que eu não tenho tempo.
A empregada hesitou:
— Mas a Sra. Yasmin já fez a denúncia! Se a senhora não comparecer, pode ser detida.
Katrina empalideceu e olhou para o marido, dizendo:
— Eduardo, você tem que acreditar em mim! Eu não fiz por mal!
O olhar de Eduardo pareceu o de um estranho. Ele começava a enxergar, aos poucos, que Katrina não era tão racional e delicada como ele achava que era. A frieza que emanava de sua alma o deixava arrepiado, e ele começava a se arrepender... De ter se casado com ela.
Cinco minutos depois, desceram.
Os dois policiais foram direto ao ponto, prontos para mostrar o vídeo do acidente, registrado pelas câmeras de rua.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Já está uma semana no capítulo 530. Não vão finalizar o livro?...
A história é maravilhosa, mas e as atualizações? GoodNovel lembre-se do seu compromisso com os leitores....
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...