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Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 428

À tarde, Katrina voltou do departamento de trânsito. Quando o carro finalmente parou, suas pernas estavam fracas ao descer. Entrou na mansão e percebeu que estava silenciosa demais, então segurou uma empregada e perguntou:

— Meu marido não está em casa?

A empregada respondeu prontamente:

— O senhor foi ao hospital. Antes de sair, pediu especialmente que preparássemos algumas sopas nutritivas, pareciam ser para uma gestante.

"Sopas nutritivas? Gestante?"

O coração de Katrina foi como se tivesse sido rasgado. Ela deu apenas um leve aceno de cabeça e, se apoiando no corrimão, subiu as escadas.

Assim que entrou no quarto, foi direto para o banho. Seu corpo inteiro ainda estava impregnado com cheiro de cigarro, porque a pessoa que a interrogava fumou o tempo todo, sem se importar com ela, e o modo de perguntar tinha sido extremamente grosseiro. Felizmente, as condutas dela não configuraram crime. Ela estava de volta, inteirinha, sem nem um arranhão!

Katrina até começou a cantarolar. Ela sabia que Eduardo estava irritado, então deveria ser delicada e carinhosa. Depois que a tensão passasse, voltaria a falar do casamento, e no futuro poderiam adotar uma criança. A filha da Yasmin não seria próxima dela, com certeza.

Depois de meia hora imersa na água, Katrina saiu descalça do banheiro, vestindo um robe fino e translúcido. Cuidou da pele com esmero e passou esmalte vermelho nos pés, algo que excitava e agradava aos homens.

Ela chegou a descer até a cozinha e mandar preparar alguns pratos altamente nutritivos, dizendo que eram para Eduardo. A cozinheira era nova, sem noção da situação atual da família Lima, então sorriu e comentou:

— Esse tipo de sopa faz bem para os homens... Talvez a senhora engravide hoje mesmo.

Katrina ficou incomodada com essa frase, e subiu com o semblante carrancudo.

Ela esperou e esperou. Somente às dez da noite, ouviu o barulho de um carro entrando no jardim, devia ser Eduardo. Enrolada no robe, ela desceu às pressas.

Na sala de estar, Eduardo estava sentado, com o paletó sobre o encosto da cadeira. Entre os dedos, havia um cigarro. A expressão tranquila, porém carregada, revelava o mau humor.

Katrina se sentou ao lado dele e, diferente da atitude ao meio-dia, falou com voz bem suave:

— Como está a Jéssica?

Eduardo levantou o olhar, as pupilas dos olhos eram escuras e profundas.

— Você se preocupa com ela?

Katrina engoliu o incômodo e respondeu com doçura:

— Afinal, ela é sua filha, é claro que tenho algum sentimento, sim. Eduardo, eu não quero impedir você de amá-la, só peço que você não me ignore, tudo bem?

Eduardo não respondeu. Apenas olhou para a empregada que arrumava a mesa de jantar e ordenou:

— Me traga um prato de arroz e alguns legumes.

Katrina sorriu, insinuante:

— Esse aqui é um ensopado nutritivo, o ingrediente é muito difícil de conseguir. Faz muito bem para os homens.

O olhar dele caiu lentamente sobre o robe translúcido dela, mas ele não disse nada.

Ele comeu depressa, subiu ao escritório para resolver assuntos urgentes e só voltou ao quarto quase de madrugada. Estava exausto, praticamente sem dormir desde o dia anterior, então nem olhou a esposa provocante na cama, apenas pegou o roupão e foi ao banho.

Quando saiu, bastou encostar a cabeça no travesseiro para sentir o corpo quase desfalecer de cansaço. Mas antes que relaxasse, um par de braços femininos o envolveu. Katrina o chamou baixinho:

Katrina jamais imaginou que ele falaria diretamente em se divorciarem. Eles tinham acabado de se casar no civil. Ele não tinha medo de passar vergonha na frente de todo mundo?

Demorou alguns segundos até que ela reagisse. Ainda colada ao corpo dele, sussurrou de forma aflita:

— Eduardo, eu posso mudar. Não se divorcie de mim, por favor. Eu estava apenas estressada, por isso meu temperamento ficou ruim.

Ela tentou novamente se insinuar para a relação sexual. Mas Eduardo estava distante, emocional e fisicamente, nenhum vestígio de desejo.

Ao ser rejeitada de novo, ela se irritou e soltou uma risada amarga:

— Quer se divorciar? Acha que vai ser fácil assim? Eu não vou me divorciar! Eu já sou sua mulher, na cama nós combinamos muito bem. Quando você se deliciava comigo na cama, chegou a pensar na Yasmin?

Os olhos de Eduardo escureceram com ódio. No instante seguinte, sua mão se fechou em torno do pescoço dela. Bastava mais força e a quebraria ali mesmo.

Katrina, sendo sufocada e arroxeando, continuou provocando:

— Eu falei alguma mentira? Acha que esse seu "amor profundo" vale tanto assim? Ela nem lembra de você! Ela já está casada com o Elder e dorme toda noite na cama de outro homem, talvez até geme mais gostoso com ele!

O estalo do tapa ecoou forte.

Ela virou o rosto de volta lentamente, limpando o sangue no canto dos lábios, e sorriu de forma sombria, dizendo:

— Acertei em cheio, né? Dói, não é? Sua mulher amada, deitada com outro. Um dia, a sua filha vai chamar o Elder de pai. No casamento dela, quem vai levar ela até o altar vai ser ele. Dá até gosto imaginar, não dá?

Eduardo a encarou, impassível, depois se levantou abruptamente, entrou no banheiro e fechou a porta com muita força.

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