Katrina estava sufocada de frustração e foi encher a cara na balada.
Ao cair da noite, a balada estava barulhenta. Perfumes fortes, roupas provocantes, tudo misturado no ar, e por toda parte homens e mulheres se abraçando e se esfregando enquanto dançavam sob as luzes do palco, todo o ambiente carregava uma atmosfera barata de ambiguidade.
Era exatamente esse tipo de sensação que Katrina queria.
Quando jovem, ela também já foi rebelde, só depois foi se recolhendo. Sob a luz quente do palco, ela tirou o casaco, ficando apenas com uma regatinha de alça fina justa e uma saia curta, e dançou liberando todo o corpo sedutor e sinuoso. Com o homem ao lado, trocava provocações sutis, e aqueles fios de cabelo preto úmidos, a cada balançar, atraíam aquele olhar enigmático dele.
Aos poucos, o homem se atreveu a segurá-la pela cintura, o olhar tomado de desejo. A mulher não recusou. Os dois continuaram dançando, cada vez mais em sintonia.
Depois de algumas músicas, já estavam no corredor da balada, abraçados e se beijando de forma selvagem. Mas beijo já não bastava às necessidades de dois adultos, então o homem a levou direto a um motel e pediu um quarto.
Katrina era uma mulher bem liberal nesses aspectos. Todo o desprezo que sofreu no casamento, ali foi compensado. O homem era muito bom tecnicamente, provavelmente tinha muita prática com outras mulheres. Katrina não se importou, afinal, estava ali para se divertir.
Uma noite de total libertinagem.
...
De manhã cedo, Katrina despertou.
Aquele ambiente estranho, o cheiro particular deixado depois do prazer de um homem e uma mulher, fez todos os poros dela se arrepiaram, e ela se sentou na cama num pulo. Ao virar a cabeça, deu de cara com um rosto jovem e bonito. Ele era atraente, mas definitivamente um tipo garanhão safado, e não dava para saber se era confiável ou não. Katrina sentiu o peso do arrependimento.
Nesse momento, o homem também acordou. Apoiado num braço, ergueu o tronco forte, virou a cabeça e a encarou de lado, perguntando preguiçosamente:
— Está arrependida? Ou é que depois da noite de ontem, quer voltar a fazer o papel de moça certinha?
Katrina não respondeu, apenas se levantou e foi recolhendo as roupas para se vestir.
O homem soltou uma risada baixa, desceu da cama e a abraçou por trás, segurando sua cintura fina. Encostou o queixo no ombro dela e soprou quente no ouvido:
— Ontem à noite, você não ficou satisfeita?
Claro que ele sabia a resposta, estavam totalmente em sintonia. Katrina virou o rosto e lançou um olhar provocante, e isso bastou... Ele a ergueu nos braços e atirou de volta na cama. Em seguida, veio outra rodada de devassidão.
Enquanto se entregava, Katrina semicerrava os olhos, pensando que estava colocando um chifre em Eduardo, e sentia um prazer de vingança.
Com a companhia desse jovem, Katrina viveu dias de pura euforia. Durante aquela semana, se encontrou com o rapaz várias vezes. Mas dentro daquele quarto de motel, as cenas de amor ardente foram todas gravadas em vídeos curtos.
Katrina não fazia ideia disso.
...
Duas semanas depois, Jéssica recebeu alta.
Nesse dia, Eduardo não apareceu, quem veio foi Vitor e Estella.
Como dizia o ditado, "se trata educação com educação". Vitor e Estella já tinham ajudado muito no passado, então Yasmin não teve como fechar a porta. Deixou que eles conversassem e ficassem com Jéssica, enquanto Elder, como sempre, se manteve afastado.
Estella chorava sem parar. Ela pegou a menina no colo mais uma vez e beijou repetidas vezes antes de sair. Aquele cartão continha praticamente todas as economias do casal, um gesto de compensação mínima diante de todo o sofrimento causado pelo filho deles.
Eles foram embora sem aviso. No quarto, Yasmin ficou um tempo em silêncio, encarando o cartão.
Quando Elder voltou e viu o semblante dela, entendeu de imediato, pegou Jéssica nos braços e disse:
— Diga para a mamãe não ficar triste, que depois vai ter a Jéssica e os irmãozinhos dela para ficar sempre com ela.
Jéssica abraçou Yasmin pelo pescoço, e grudou a própria bochecha na bochecha da mãe.
...
Eduardo não apareceu porque estava em uma viagem urgente na Inglaterra, ele ficou lá três dias antes de poder voltar.
Ao chegar ao hospital e descobrir que Jéssica já tinha tido alta, pegou o carro e foi até a mansão de Elder. Parou diante do portão preto com arabescos, que o impediu de entrar. Dentro do Bentley preto, ele observou a cena do lado de dentro da mansão.
Era começo de junho, o clima estava agradavelmente quente. No gramado verde, uma menininha brincava com uma bola, era a filha caçula de Elder, gordinha e adorável. Depois de um momento, um pré-adolescente saiu do interior da casa e pegou a pequena Paloma no colo. Eduardo o reconheceu, era Ian, o primogênito de Elder.
De repente, Ian deve ter sentido o olhar de fora e virou o rosto. Os dois trocaram olhares, mas o jovem não demonstrou medo.
Eduardo, com olhos escuros e profundos, só desviou depois que o garoto entrou para dentro. Então pegou um prontuário médico do banco ao lado.
Era o laudo de Elder, dizendo que ele estava com uma doença pulmonar, do tipo mais agressivo.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Já está uma semana no capítulo 530. Não vão finalizar o livro?...
A história é maravilhosa, mas e as atualizações? GoodNovel lembre-se do seu compromisso com os leitores....
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...