Entrar Via

Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 47

Helena estava doente, e naturalmente não poderia ter relações sexuais.

Ela voltou para a cama e descansou.

Ao longe, o som da água correndo no banheiro indicava que Bruno estava tomando banho. O som da água ajudava a relaxar, e Helena adormeceu sem perceber.

Em seu sonho, Bruno ainda a provocava incansavelmente.

Quando acordou, já era uma da manhã.

No quarto, apenas uma lâmpada de leitura estava acesa. Bruno estava encostado na cabeceira da cama, lendo um documento importante. Sua aparência era impecável, até mesmo um roupão branco parecia mais elegante nele do que em qualquer outra pessoa, tanto que até Helena não pôde deixar de olhar por mais tempo.

Um leve movimento a fez interromper sua observação. Bruno abaixou a cabeça e olhou para Helena, perguntando:

— Acordou?

Helena assentiu, questionando:

— Que horas são?

Bruno colocou o documento de lado, se deitou meio inclinado e envolveu a esposa com um braço, tocando levemente seus ombros. Sua voz continha uma suavidade masculina:

— Já é uma da manhã.

Helena não estava acostumada com esse tipo de carinho, então inventou uma desculpa para ir ao banheiro, evitando a intimidade do casal.

Mas como um homem não entenderia os pensamentos da sua mulher?

Ele fingiu não perceber.

De volta à cama, Helena não conseguia mais dormir.

Ela evitava se mexer, com medo de incomodar Bruno, mas o homem, percebendo sua inquietação, estendeu a mão e acendeu a luz de leitura. Então, com um movimento suave, pegou algo na mesa de cabeceira.

Bruno estava, de fato, sendo gentil.

— Se você não consegue dormir, eu posso ler para você. Isso ajuda a relaxar.

Bruno a puxou para perto e a colocou deitada em seu peito. O cabelo de Helena caía sobre ele, criando uma cena suave e delicada. O marido não pôde evitar de olhar por um momento e, então, deu-lhe um leve beijo.

Helena, embora já melhor, ainda estava sem forças, então não resistiu.

Bruno tocou seu rosto com o nariz, dizendo:

— Então vou começar a ler.

[...]

Quando Bruno terminou de ler, o quarto ficou silencioso, apenas os sons das respirações se ouviam. Ambos pensaram no passado.

Não sabiam quem havia começado, ou quem beijou quem primeiro, mas já não importava, pois ambos estavam sentindo algo.

Depois de um longo beijo, Bruno estendeu a mão e apagou a luz de leitura.

Do lado de fora da janela, a lua brilhava, pendendo da ponta das árvores.

Este foi, provavelmente, o momento mais doce de suas vidas, e o mais próximo do amor que já experimentaram.

Mas, mais tarde, ambos esqueceram.

...

Na semana seguinte, Bruno voltou para casa pontualmente todas as noites, acompanhando Helena nas refeições e compartilhando momentos íntimos. Claro, na maioria das vezes, era ele que a provocava até ela ceder.

Ele ficou surpreso com o quão forte era sua necessidade fisiológica, e por isso decidiu consultar um psicólogo.

Em uma clínica psicológica da cidade D, numa sala secreta, cortinas espessas bloqueavam completamente a luz externa. O ambiente estava escuro, sem luz acesa, e Bruno estava sentado em uma cadeira no canto da sala, falando com uma voz monótona sobre seu casamento.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco