Era tarde da noite quando a família Lima chegou. Bruno foi pessoalmente buscá-los no aeroporto. Além de Vitor e Estella com as duas crianças, havia também membros da equipe que os acompanhavam. Um carro só não dava conta, então usaram dois.
Uma hora depois, entravam em fila pela área VIP do hospital.
A porta do carro abriu. Bruno desceu com Paloma no colo e, segurando Jéssica pela mão, subiram para o quarto no segundo andar.
Quando a porta do quarto se abriu, Vitor e Estella foram imediatamente ver o filho, depois olharam para Ian, e finalmente puderam respirar aliviados. Graças a Deus, estavam inteiros.
Estella, com o coração já mais calmo, tocou o rosto do filho e o repreendeu:
— Olha só você, sempre deixando a família preocupada. Dessa vez foi graças ao Bruno. Depois você trate de agradecer direito.
Eduardo fez uma careta de dor, reclamando:
— Agradecer o quê? Agradecer por ele ter me pendurado num helicóptero? Mãe, eu quase morri de dor!
Bruno, segurando aquela rechonchudinha, brincava com a mãozinha fofinha da criança. Sem nem sequer levantar os olhos, ele ainda arranjou tempo para provocar o primo:
— Eu devia era não ter sido bom. Tinha era que te pendurar sobre o mar e te jogar lá de cima. Assim você nem teria chance de vir reclamar com a tia... Não é, Ian?
Ao ser chamado, Ian sorriu sem jeito.
Paloma chamou baixinho, com sua vozinha suave:
— Maninho.
Ian respondeu com um grunhido, um pouco anasalado.
Paloma escapou do colo de Bruno e correu até a cama, abraçando o irmão com força. Ela ainda era muito pequena e não entendia muita coisa, mas tinha visto o pai deitado numa cama de hospital, e isso a assustava. Tinha medo de que o irmão, assim como o pai, fosse embora de repente.
Ian entendeu o sentimento dela. Passou um braço ao redor da irmã e com a outra mão foi acariciando suas costas, num gesto de uma delicadeza rara. Paloma soltou um pequeno soluço, apertando-o ainda mais, até ouvir o irmão garantir que iria ficar bem, só então parou de chorar.
A cena comoveu a todos.
Eduardo, enciumado, chamou Jéssica e falou para Paloma:
— Ué, tem um tio grandão aqui em pé e você nem olha para mim? Vem dar um beijinho no meu machucado!
As duas crianças foram até ele, uma dando beijo na sua bochecha, a outra dando beijo no machucado. Vitor e Estella riram, Yasmin também.
Bruno se encostou no sofá e, de braços cruzados e pernas esticadas, soltou um riso leve:
— Ultimamente o meu primo está sendo um bobão diferente por dia, é até divertido. Acho que viver com ele deve ser bem interessante.

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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...