Logo de manhã, quando Jéssica acordou, parecia que o mundo tinha desabado.
"Como eu pude... Como acabei dormindo na mesma cama que o Ian?"
A menina, com os cabelos longos e bagunçados, se sentou na cama completamente perdida, com um olhar adoravelmente confuso. Ian estava deitado com uma mão apoiada atrás da cabeça, camisa e calça perfeitamente arrumadas.
— Ian? — Sua voz saiu quebrada, e ela nem teve coragem de continuar a pergunta.
Ian estendeu a mão e, com delicadeza, afastou os fios de cabelo do rosto dela, sorrindo:
— Está com medo do que vão pensar? Se não conseguir mais se casar, pode ficar em casa como solteirona até a velhice, eu cuido de você.
Jéssica mordeu o lábio, ajoelhada ao lado dele, prestes a chorar. Nos olhos de Ian havia ternura.
"O tio Eduardo e a tia Yasmin são super temperamentais, como nasceu deles uma pequena chorona?"
Mas ele gostava muito disso, sentir o corpinho delicado dela encostado nele era bom. Ele continuou provocando a pequena chorona:
— Já tem alguém de quem você gosta?
A voz de Jéssica saiu quase inaudível:
— Não... Não tem.
Ian a observou atentamente. A luz da manhã iluminava seu rosto delicado, com a pele clara e fresca depois de uma boa noite de sono. Ela vestia um roupão rosa-claro bem fino, e nem percebeu que não estava usando sutiã.
Ian se sentou, abraçando a menina com cuidado e disse suavemente:
— Vai se arrumar, eu vou tomar banho no meu quarto.
A menina abaixou a cabeça, sentindo que Ian estava diferente. Na última vez que ele voltou ao país, não era assim... Não a abraçava, não dormia ao lado dela, muito menos a beijava no carro. No coração de Jéssica, um pequeno coelhinho pulava descontrolado.
Será que todo "treino" era assim?
Ian desceu da cama e voltou para seu quarto, tomou um banho frio para se acalmar e trocou de roupa, vestindo camisa e calça limpas. Tinha herdado a boa aparência dos pais: jovem, bonito e com status, sempre chamando atenção por onde passava.
O café da manhã foi preparado discretamente pela empregada. Ela entrou silenciosamente, fez tudo com cuidado e foi embora sem fazer barulho. Enquanto comia, Jéssica se perdia em pensamentos: "Será que, enquanto eu dormia abraçada com o Ian, a empregada viu?"
Um sanduíche foi colocado em sua boca. Ian olhou profundamente para ela, dizendo:
— É uma diarista profissional, não vai falar nada por aí.
Jéssica assentiu, mas sentiu que algo ainda estava estranho. Ian levantou os olhos, vendo seu jeito atrapalhado, e sentiu ternura.
Depois do café, ele a levou pessoalmente até a Universidade da Capital. Jéssica tinha uma aula pela manhã. O Rolls-Royce preto entrou lentamente no campus e parou no estacionamento.
Quando Jéssica se preparava para descer, Ian a chamou e entregou uma caixinha. Era uma porção de frutas cortadas, cuidadosamente arrumadas.
— Guarde para o almoço. — Disse ele, apertando levemente o braço dela. — Coma um pouco mais de carne, você está magra demais. Que horas volta? Se der, eu passo para te buscar.
— Não vai ser muito conveniente, eu volto para casa às quatro. — Respondeu ela, baixinho.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
A história é maravilhosa, mas e as atualizações? GoodNovel lembre-se do seu compromisso com os leitores....
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...