Bruno correu até o estacionamento subterrâneo.
Esta noite, Helena dirigia um carro branco, mas o veículo estava vazio, ela não estava lá.
Bruno puxou a porta do carro e depois desistiu.
Ele entrou em seu próprio carro, pronto para sair em busca dela. Seu coração estava desesperado, ele queria encontrar Helena com urgência.
Quando estava prestes a ligar o motor, seu telefone tocou. Era de Genebra.
[Melissa Fernandes].
Bruno olhou para o nome por alguns segundos e atendeu. Rapidamente, a voz suave de uma mulher surgiu do outro lado:
— Bruno, me desculpe, a Camila te causou problemas de novo. Eu soube o que aconteceu hoje à noite, meus pais estavam preocupados demais comigo e acabaram ofendendo sua esposa por impulso, e eu peço desculpas por eles. Não se irrite com eles, por favor, eles fizeram muito por mim. Bruno, se não fosse pela minha saúde...
Bruno não deixou que ela continuasse a falar.
Segurando o celular com uma expressão impassível no rosto, ele falou com um tom suave, mas sem ternura:
— Eu vou resolver isso, vou desligar agora.
Enquanto isso, em Genebra...
Na clínica particular ao lado da catedral, uma jovem mulher de vestido branco estava de pé na varanda do quarto, com o celular na mão e um olhar pensativo.
Antes, Bruno nunca teria desligado o telefonema dela.
Ele estava com raiva dela por causa de Helena.
...
Bruno jogou o celular para o lado e pisou no acelerador.
O carro preto reluzente saiu do estacionamento e seguiu pelas ruas da Cidade D. A janela do carro estava aberta, e o vento gelado entrava com força.
Enquanto dirigia, Bruno procurava pela Helena.
Mas a Cidade D era muito grande, com suas ruas de oito faixas, e procurar por uma mulher à noite era como procurar uma agulha no palheiro. Bruno procurou por duas horas na área próxima e, finalmente, encontrou Helena em um beco.
Ela estava completamente desleixada, num frio da noite de primavera, sem nenhum agasalho.
Sua maquiagem estava borrada.
Os saltos finos estavam em sua mão, e ela andava com um passo descompassado, parecendo perdida. Quando estava cansada, ela se agachava na calçada, com as mãos sobre os joelhos, tremendo incontrolavelmente.
Bruno estava dentro do carro.
As luzes de néon do lado de fora refletiam em seu rosto, iluminando seu semblante de forma intermitente, o que dificultava ver claramente sua expressão.
Ele observava sua esposa chorando, com um semblante tão triste.
“Então na verdade, a minha Helena não é imbatível, ela também esconde suas lágrimas, ela também se importa com as palavras duras da Sra. Fernandes.”
Bruno sentia algo indescritível no coração.
Ele abriu a porta do carro e foi até Helena. Neste momento, ele não queria mais nada, só queria abraçá-la com força, dizer que estava tudo bem, que mesmo sem filhos, eles ainda poderiam viver bem, e que ele iria cuidar dela.
A Helena daquele momento partia seu coração.
Com medo se assustá-la, ao chamá-la, fez isso de forma cuidadosa.
Helena levantou os olhos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...