Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 95

Helena comprou 20 obras dele e assinou um cheque de 30 mil. O artista ficou muito satisfeito.

Helena sorriu levemente.

Quando ele se foi, ela se virou para Ana, que estava confusa, e disse:

— Eu sei que você está se perguntando por que o preço que eu dei foi tão baixo. Eu não quero que o dinheiro tire a essência dele tão cedo. As obras dele são as que mais me interessam entre esses jovens artistas, até mais do que as do Marco na época. Quando o momento certo chegar, eu vou promovê-lo, e aí suas obras vão valer muito. Até as menores vão custar pelo menos um milhão.

Ana sempre confiou em Helena.

Depois de resolverem tudo, elas saíram do clube e se despediram no estacionamento.

Helena estava prestes a entrar no carro quando ouviu uma voz familiar vindo de trás, com um tom irônico:

— Você e meu primo se reconciliaram?

Helena virou a cabeça e olhou para Eduardo, respondendo friamente:

— Isso tem alguma coisa a ver com você?

Eduardo riu de maneira debochada:

— Não tem nada a ver, mas eu já te avisei antes, o meu primo é como um lobo, devora pessoas sem deixar vestígios. No fim do mês, ele vai assinar com o Grupo Mia. Você acha que, depois que não tiver mais utilidade para ele, ele vai continuar te tratando bem? Vai continuar te bajulando? — O olhar de Eduardo ficou ameaçador. — Na hora certa, você vai se tornar um estorvo, uma pedra no caminho dele.

Helena continuou impassível, dizendo:

— Mesmo que seja verdade, isso não tem nada a ver com você.

A luzez de néon refletia no rosto de Helena, criando pequenos brilhos que davam mais vida à sua expressão impassível.

Eduardo olhou para o rosto dela e, sem querer, imaginou como ela ficaria sob o corpo de Bruno. Perguntou-se, por um momento, se ela ficaria perdida por causa do desejo.

Quando se deu conta disso, sentiu uma pontada de raiva.

Ele sempre teve nojo de Helena, mas agora, sentiu inveja de Bruno.

...

Helena rapidamente entrou no carro e seguiu seu caminho.

Quando chegou ao apartamento, fechou a porta e ficou ali, quieta, pensando por um momento.

— Bruno, nós vamos nos divorciar.

— Eu gosto de você. Helena, eu gosto de você. — Os olhos de Bruno estavam profundos e ele falou com seriedade. — Não é por causa do nosso status ou do que somos na sociedade, nem por causa de ser a mulher que pode administrar a família Lima. Eu quero você como minha esposa, para a vida inteira, sem nunca te abandonar.

Helena se surpreendeu por um momento.

Bruno falou com um toque de amargura:

— Helena, na verdade, os melhores anos da minha vida foram passados com você, nos apoiando mutuamente. O que eu sinto por você é real. Agora, ainda é assim, Helena, você é a mais importante.

Helena, porém, não sabia mais se podia acreditar nisso.

Ela sorriu serenamente e olhou para o céu cheio de estrelas.

Bruno tirou o paletó e colocou suavemente sobre os ombros de Helena. Quando seus dedos tocaram os ombros dela, um calor súbito se espalhou por seu coração.

Helena sempre foi o lar de Bruno.

Agora, ele queria dar a ela um lar.