Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 96

Fim do mês.

Cidade Y, Hotel Empires.

Na véspera da assinatura do contrato entre o Grupo Glory e o Grupo Mia, foi realizada uma grande festa, com a presença dos executivos de ambas as empresas.

Bruno, vestido com um clássico terno preto e branco, exalava charme, sendo o alvo de muitos olhares femininos.

No entanto, Bruno estava usando um anel de casamento e manteve uma atitude distante, o que fez com que ninguém se atrevesse a tentar se aproximar mais.

O Sr. David, acompanhado de Agnes, se aproximou para conversar. Ao observar os olhares de adoração das mulheres ao redor, o Sr. David brincou:

— Da próxima vez, Bruno, traga sua esposa. Esses olhares selvagens podem te devorar.

Bruno sorriu levemente:

— O Sr. David está exagerando.

O Sr. David deu um tapinha na mão de sua esposa, sinalizando que queria falar a sós. Agnes sorriu e se afastou para socializar com outras pessoas.

Quando a esposa se afastou, o Sr. David se voltou para Bruno e falou seriamente:

— Não se incomode com a atitude do Manuel, é normal que os jovens não saibam controlar suas emoções. Com o tempo, o Manuel vai recuperar a razão. Além disso, vocês sempre foram muito próximos, e tem algumas coisas que não se pode deixar nas mãos de estranhos.

Bruno respondeu de forma breve:

— Vamos ver qual é a ideia do Manuel. Por mim, não tem problema.

Sr. David sorriu:

— Ótimo, Bruno! Nosso encontro deveria ter ocorrido antes. Hoje, vamos tomar mais alguns copos, sem falta.

Bruno levantou seu copo e sorriu suavemente, dizendo:

— Com certeza.

Ele já era naturalmente atraente, e ao sorrir, seu charme de homem maduro se destacava, deixando as mulheres encantadas.

Mas Bruno estava com a mente ocupada, pensando em sua esposa.

Enquanto a festa estava a todo vapor, ele se retirou para o terraço vazio e ligou para Helena.

Após alguns toques, Helena atendeu.

A brisa suave da Cidade Y e o tom calmo de Bruno só aumentaram a suavidade de seu coração, e ele falou suavemente pelo telefone:

— O que você decidiu? Eu já organizei tudo aqui na Cidade Y, temos o melhor atendimento médico, e sua avó vai ter os melhores cuidados. E se você quiser seguir sua carreira, pode trabalhar aqui também. A cada semana, posso te acompanhar até a Cidade D. São só seis meses, Helena, apenas seis meses. Vamos dar uma chance para nós dois, o que acha?

Helena não respondeu.

Bruno parecia ter paciência infinita e falou com ternura:

— Pense com calma, espero pela sua resposta.

Depois de desligar, ele passou os dedos pelo celular.

Ele acreditava que, no fim, Helena aceitaria. Eles tinham muitos anos de história juntos.

...

Cidade D.

Helena estava sentada silenciosamente no carro, observando a escuridão lá fora.

Depois de um tempo, ela puxou a gola do suéter de gola alta e tirou uma finíssima corrente de platina do pescoço. Na corrente, havia um pingente de jade em forma de um cadeado, simbolizando proteção, que brilhava em um tom verde flourescente na penumbra.

Ela não sabia de onde os sentimentos de Bruno haviam surgido, mas entre eles dois, parecia já ser tarde demais.

Enquanto Helena se sentia melancólica, a porta do carro foi aberta, e um pano úmido foi colocado sobre seu rosto e boca. Ela lutou por um momento, mas logo suas mãos caíram inertes ao lado do corpo, e ela desmaiou.

Quando acordou, estava em um armazém abandonado, com um forte cheiro de mofo no ar.

À sua frente estava uma figura alta: Eduardo.

Helena tentou lutar, mas seu corpo estava fortemente preso à cadeira, sem possibilidade de fuga.

— Eduardo, você enlouqueceu? Isso é um sequestro, é crime!

Eduardo olhou para ela de cima para baixo e deu uma risada debochada antes de começar a falar:

— Sequestro, crime? Eu devia ter feito isso há muito tempo! Se eu tivesse feito antes, como é que a família Lima estaria agora nas suas mãos e do Bruno? Eu sou o neto mais velho, sempre fui superior a ele. Mas não tem problema. Amanhã, às dez horas, o Grupo Glory vai assinar com o Grupo Mia, e eu vou dar um presente para o Bruno. Ele não estava correndo atrás de você, tentando restaurar o que vocês dois tiveram? Vamos ver, no fim, quem ele escolhe: a mulher ou o poder.

Na sala de reuniões do Hotel Empires. Bruno estava vestido com um terno formal e acompanhado pela equipe jurídica do Grupo Glory, além de alguns executivos. Do outro lado, estavam os representantes do Grupo Mia, liderados pelo Sr. David.

Às 10 horas, os advogados das duas partes abriram o contrato:

— Sr. Bruno, Sr. David, podemos assinar.

Sr. David foi o primeiro a assinar o contrato e levantou a mão suavemente:

— Bruno, agora é sua vez.

Bruno sorriu ligeiramente, já prestes a assinar, quando a secretária Juliana entrou rapidamente, com uma expressão séria. Ela se aproximou de Bruno e sussurrou algo em seu ouvido.

Bruno ficou paralisou por momento.

Ele então se voltou para Sr. David e disse:

— Deixa eu atender a uma ligação, com licença.

O Sr. David, com uma postura elegante, respondeu:

— Não há pressa.

Bruno pegou o celular de Juliana e saiu apressado da sala de reuniões.

Assim que saiu, a voz fria de Eduardo veio do celular:

— Bruno, exijo que você desista da assinatura do contrato e pegue o primeiro voo de volta para Cidade D. Se não, nunca mais vai ver a Helena. Ela está nas minhas mãos.

Bruno sentiu a garganta apertar.

No celular, a voz de Helena soou.

Bruno, com o semblante sombrio, disse com firmeza:

— Eduardo, você enlouqueceu? Está me ameaçando com isso? Se o contrato com o Grupo Mia falhar, você sabe o que isso vai causar? Milhares de pessoas vão perder os empregos.

Eduardo deu uma risadinha gelada, dizendo:

— Sabe o que eu também sei, Bruno? Você vai perder o poder de decisão no Grupo Glory.