Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 175

Naquela noite, Natália arrumou suas coisas e saiu do apartamento no Bairro Magnético.

Ela não tinha muitas posses e havia deixado para trás muitos itens que não poderia levar, portanto carregava apenas uma mala antiga e dois grandes sacos de lona.

Natália pegou um táxi e se hospedou temporariamente no dormitório de Patrícia.

Como em poucos dias ela partiria para o exterior, não fazia sentido solicitar um alojamento da empresa.

Patrícia sabia apenas que ela havia terminado com Fabiano, mas desconhecia os demais detalhes.

Generosa, Patrícia deu uma tapinha consolador no ombro de Natália, dizendo: "homens há aos montes, quem nunca sofreu uma desilusão amorosa? Vá tranquila para o exterior, eu vou visitar seu pai frequentemente."

Natália agradeceu comovida: "Muito obrigada."

"Ora, por que a formalidade? quando estiver bem-sucedida lá fora, lembre-se de não esquecer os amigos na prosperidade!"

Patrícia a abraçou com entusiasmo.

Natália não pôde conter um sorriso.

"Está bem, vou me esforçar!"

Ela não sabia quando poderia voltar.

O término de um grande projeto poderia levar um ou dois anos.

Antes de partir, ela enviou uma mensagem no WhatsApp para Lucas, pedindo que cuidasse de Pedro na Cidade Norte.

A esposa de Lucas estava grávida e não parecia muito disposta, e Catarina, então, nem se fala; ela despejou um monte de insultos em Natália pelo telefone.

disse que ela era realmente uma azarada, uma vida inteira dando azar para o pai.

Natália sentiu-se culpada e decidiu não contar mais com os dois, optando por usar o dinheiro que lhe restava para contratar um cuidador a longo prazo para assistir Pedro em sua recuperação.

Sem estar no país e sem ter ninguém em quem confiar, muitas coisas teriam de ser deixadas nas mãos do cuidador.

Felizmente, Patrícia estava disposta a supervisionar, e por isso Natália era muito grata.

...

Leandro tinha assuntos a resolver e não poderia partir com Natália, então arranjou para que ela fosse antes e fosse recebida por alguém.

Natália estava um pouco hesitante, mas compreendia.

como chefe da empresa, Leandro estava sempre ocupado, e ela já estava acostumada.

Natália fez questão de comprar uma mala nova pela internet, para não parecer muito desleixada.

Enquanto navegava, ela viu um anúncio daquela mala preta que Fabiano lhe dera, da marca "lo", reconhecendo-a imediatamente.

Uma simples mala custava cinquenta a sessenta mil.

Equivalia ao seu salário anual básico.

A diferença entre eles era realmente grande.

Natália fechou silenciosamente a página e acabou escolhendo uma mala de cerca de cem reais, de cor branca, simples e elegante, do seu agrado.

E Também muito adequada para ela.

No dia seguinte, Leandro a levou de carro ao aeroporto, onde pessoas designadas a recepcionaram.

Eram homens de terno e gravata, parecendo educados e muito corteses.

Após as apresentações, já se sentiram mais familiarizados.

Durante a espera pelo voo, o líder do grupo entregou a Natália um distintivo e um crachá de trabalho com um fundo azul e um padrão complexo.

O homem lhe disse que, ao aterrissar, ela deveria usá-lo para indicar sua identidade.

Natália assentiu e guardou-o cuidadosamente.

Se não estivesse enganada, seria seu talismã no exterior.

E também nunca mais precisaria dele.

De repente, Fabiano percebeu que em sua mente, em seu coração, em suas memórias, até nas pupilas turvas de sua visão... tudo estava cheio da presença de Natália.

não conseguia esquecer, não conseguia afastar-se.

Percebeu que estava obcecado, verdadeiramente viciado nela.

Por um momento, ele até pensou que não seria ruim se casar com Natália.

Nesse instante, duas mulheres com corpos esculturais, voluptuosas, passaram por perto e sentaram-se ao lado deles no camarote.

“Dois gatos, podemos juntar as mesas?”

Gabriel, que nunca recusava companhia, pensou que Fabiano deveria mudar um pouco, tentar algo novo, talvez assim conseguisse esquecer aquela gata selvagem teimosa.

Ele sorriu encantadoramente. “claro, será um prazer.”

As duas mulheres não se fizeram de rogadas e sentaram-se, uma de cada lado, esfregando suas pernas nas dos homens com intenções óbvias.

“Gato, é tão chato beber sozinho, que tal eu te fazer companhia?” A mulher se aconchegou no braço de Fabiano. “Você tem mãos tão bonitas, os dedos bem definidos, devem ser um prazer ao toque, não é?”

Fabiano franziu ligeiramente a testa e, antes que a mão da mulher se aproximasse, bloqueou-a com a taça.

“Afasta-se.”

Gabriel não aguentou e disse: “Qual é, ela está se jogando em você e você recusa, está tentando bancar o cavalheiro?”

“Suja.”

Fabiano cuspiu a palavra.

Gabriel: “...”

A mulher: “...”