Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 180

No instante seguinte, um grupo de seguranças patrulhando foi se aproximando.

Ao verem o crachá no peito de Natália, eles não fizeram nada contra ela.

Mas deram um chute terrível na garota que estava no chão.

"Ah..."

A menina gritava de dor, seus lábios secos instantaneamente ficaram roxos, e seu corpo frágil rolava pelo chão.

Natália estava horrorizada, não conseguia acreditar no que estava vendo.

"Parem imediatamente com isso!"

Ela não pôde se conter e começou a gritar através da cerca de arame.

"Pare de gritar, isso não é da sua conta, melhor voltar para onde veio e não se intrometa onde não foi chamada!"

Os seguranças a repreenderam sem paciência alguma, falando em Português, o que Natália compreendia muito bem.

Eram compatriotas!

Compatriotas abusando dos seus próprios no exterior!

As palmas das mãos de Natália estavam suando e uma onda gigantesca parecia crescer dentro dela.

"Quem são vocês, afinal, e por que estão atacando essa garota? Tráfico humano? Sequestro? Engano?"

"Ha ha ha ha ha ha ha..."

Os homens riam alto, com um ar e um tom cheio de arrogância, olhando para Natália como se ela fosse uma tola.

"Parece que a garota é nova por aqui, ainda não foi 'aberta', não é? Que tal mostrarmos onde ela está, nos divertirmos um pouco com ela?”

"Essa mulher é tão inocente, já faz tempo que não pegamos uma assim."

"Mas ela tem um crachá no peito, será que não vai nos trazer problemas?” Alguém perguntou sem ter certeza.

O líder dos seguranças riu com frieza: "Do que você tem medo? Quantas mulheres com crachás neste parque industrial já não foram 'usadas'? O que será que ela tem de tão especial?"

Em seguida, os homens pegaram a chave para abrir o grande portão de ferro ao lado da cerca de arame.

"Clang—"

Uma corrente grossa caiu ao chão, e os homens altos e fortes foram se aproximando passo a passo, com os olhos fixos em Natália, como lobos devoradores observando a presa.

Natália estava entrando em pânico e recuava a cada passo.

"Não se aproximem de mim, eu sou a arquiteta deste local!"

"Arquiteta? Aqui nenhum tipo de 'título' faz diferença. Não estava defendendo aquela 'vadia'? Que tal nos servir no lugar dela?"

Natália não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

Como, num instante, o distintivo e o crachá repentinamente haviam perdido o valor?

O líder dos homens agarrou firme o pulso dela, pressionando-a contra a cerca de arame e levantou a mão para começar a rasgar suas roupas.

"Irmãos, vamos cuidar disso aqui mesmo, estou com preguiça de procurar um quarto."

"Rápido e direto, vocês vão patrulhar e depois vêm aqui para revezar."

João soltou uma risada com um "tsc".

"Não fale besteiras, nem mesmo eu posso tê-la agora." Ele suspirou com seu olhar fixo em Natália: "Ela agora pertence ao Sr. Reis, não pode ser tocada. Ele fez questão de avisar, quem mexer com ela, morre."

Ao ouvir o nome de Leandro, os seguranças perderam totalmente o interesse.

"Então ela é uma mulher do Sr. Reis, não é à toa que é tão valente. Se você tivesse chegado um pouco mais tarde, eu já teria terminado com ela."

"Tudo bem, entregue-a para mim e continuem com o trabalho de vocês."

João fez um gesto com a mão, dispensando todos que estavam ao seu redor.

Os seguranças foram embora, trancando os grandes portões de ferro atrás de si e arrastaram a jovem que estava quase sem vida ao pé da parede.

Natália observava sem poder fazer nada enquanto a garota era levada embora.

Ela virou-se para João, como que em estado de choque. "Para onde eles estão levando aquela menina? E o que você faz aqui? Qual é a relação do Leandro com este lugar?"

João a ficou examinando de cima a baixo, deixando escapar apenas algumas palavras.

"Considere-se sortuda por ter me encontrado hoje. Não faça perguntas e daqui para frente, comporte-se e faça o seu trabalho sem meter o nariz onde não é chamada. Cuidado para não perder a tua vida; eu não conseguiria explicar isso ao Leandro."

Natália ficou preocupada. "Mas isto é contra a lei."

"Contra a lei? Ha ha ha ha ha!"

João deu uma gargalhada como se tivesse ouvido a piada mais engraçada do mundo, dizendo com arrogância:

"Aqui a lei somos nós!"