Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 223

"Por que pergunta isso?"

Natália murmurou baixinho, "Só queria saber por que você está namorando comigo."

"A premissa do namoro é gostar, se eu não gostasse de você, com que base eu namoraria?"

Na escuridão, a voz do homem soava profunda e grave.

Natália, instintivamente, abraçou sua cintura.

"Do que você gosta em mim?"

Fabiano respondeu, "Teimosia."

Natália ficou sem palavras.

"Teimosa ao extremo, às vezes até que é bem fofa."

Natália, irritada e envergonhada, levantou a mão para cobrir a boca dele.

Mas Fabiano segurou suas bochechas e a beijou.

Eles se beijaram por muito tempo, até ficarem sem fôlego, e só então Fabiano a soltou.

"Não fique apertando a cintura de um homem à toa." Sua voz estava rouca.

"E se eu fizer?"

"Vou ficar com muita vontade de te pegar."

Natália ficou em silêncio.

No parque escuro.

Ao redor, ouviam-se gritos intermitentes, sons de eletricidade e pancadas de socos e chutes.

Muitas pessoas corriam no parque, fazendo agachamentos como sapos.

O fim do mês chegou, era hora de liquidar o desempenho.

Quem não atingisse o desempenho esperado seria submetido a punições e torturas de todos os tamanhos.

Leandro estava sentado em um sofá europeu luxuoso; à sua frente, havia uma fila de mulheres com corpos voluptuosos e rostos bonitos, todas com expressões de medo e tremendo.

Ele olhou ao redor e apontou para uma menina inocente.

"Ela fica, as outras podem sair."

Ao ouvir suas palavras, as outras saíram correndo, assustadas, deixando a menina sozinha, visivelmente inquieta.

"Qual o seu nome, quantos anos tem?" Leandro perguntou a ela.

"Me chamo Karina, tenho vinte anos."

A voz da menina ainda tremia.

"Há quanto tempo está aqui?"

Ele levantou as pálpebras, e por baixo havia uma calma aparente.

Se não fosse por sua posição de alto escalão, a menina até poderia pensar que ele era um bom homem, gentil e educado.

"Dois, dois meses." A menina respondeu honestamente.

"Inteligente assim em dois meses, parece que é esperta."

Leandro sorriu, e seu olhar frio e desinibido passeava pelo corpo dela.

Boa figura, belo rosto, a pureza em seus olhos ainda não se desvaneceu.

Ele puxou uma mala branca e, com um "clique", abriu a trava.

Grandes lágrimas caíram, atingindo o dorso da mão de Leandro.

"Por que está chorando?"

Ele a encarou, e o que antes parecia gentileza nos seus olhos se tornou gélido.

"Ela não choraria, ela é teimosa, não se assustaria comigo assim." Leandro apertou o pescoço dela e disse friamente, "Segure as lágrimas."

A menina estava tão assustada que ficou pálida, sem se atrever a se mover.

Mas as lágrimas, como pérolas em uma corda rompida, caíam incontrolavelmente.

Quanto mais medo ela tinha, mais lágrimas caíam.

Até que, finalmente, ela não conseguiu mais se conter e desabou no chão.

"Eu errei, por favor, não me bata, eu imploro, me deixe em paz, soluços..."

Leandro olhou para ela de cima, com uma decepção profunda nos olhos.

Inúteis.

Todos eles, inúteis.

Nem mesmo consegue atuar direito!

Leandro, já sem paciência, agachou-se e, com suas mãos compridas, agarrou o pescoço da garota, apertando-o sem piedade.

"Você está desperdiçando o meu tempo."

A garota, quase sem conseguir respirar devido ao estrangulamento, teve seu rosto rapidamente pálido.

Foi nesse instante que a porta do quarto se abriu por fora.

"Click—"