Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 320

Natália imediatamente explicou com a língua presa, "Eu... eu não quis dizer isso, somos muito bons amigos."

"Bons amigos." Fabiano sorriu de leve. "Tão bons quanto? Melhores do que comigo?"

Natália ficou em silêncio.

"Dr. Alves, você está me provocando?"

Ela havia bebido hoje e estava um pouco mais corajosa do que o normal.

Olhou para Fabiano de lado, com um brilho de confusão e uma pitada de ressentimento nos olhos.

"De quem você gosta afinal, já é o noivo da Helena, por que está me provocando? Eu gosto tanto de você, deveria responder ou não?"

O coração de Fabiano deu uma balançada.

Virou o rosto para olhá-la de relance. "Repita o que você disse agora há pouco, o quanto você gosta de mim?"

"Muito, muito mesmo."

"Quanto é 'muito'?"

"É tão 'muito' que nem nos meus sonhos eu consigo imaginar."

A voz de Natália foi ficando cada vez mais baixa, até que tudo o que restou foi o som de sua respiração tranquila.

Ela acabou adormecendo enquanto falava.

Tão inocente que nem percebe quando está sendo enganada.

Fabiano, sem paciência para discutir, acelerou o carro.

"Buzz, buzz —"

O som de vibração do celular soou.

Fabiano lançou um olhar de relance para o celular, cuja tela piscava com o nome de Fábio.

Parecia que era hora de ser confrontado.

Ele pegou o celular sem expressão e deslizou para atender com uma mão só.

"Você saiu para dar uma volta e nem jantou conosco, não vai voltar? Estamos na véspera de Ano Novo."

Do outro lado da linha, a voz de Fábio era excepcionalmente sombria.

Era um tom que não se ouvia há anos.

"Helena saiu às pressas há pouco, parecia bastante abalada. O que você disse a ela? Por causa de uma mulher, vai fazer com que todos fiquemos mal? Não pode se acalmar um pouco e passar o Ano Novo de forma tranquila?"

Fabiano segurava o volante com uma mão, sem mudar sua expressão.

"Amor profundo, não consigo me acalmar."

O Land Rover estacionou firmemente na garagem.

Natália ainda dormia, entre sonhos e realidade.

Parecia estar inquieta, franzindo ligeiramente a testa, sem saber o que sonhava.

Fabiano levantou a mão e tocou seu rosto, chamando-a para acordar.

"Chegamos, desça."

Natália abriu os olhos confusa, ainda atordoada.

Até que Fabiano a puxou para fora do carro e ela começou a cambalear ao entrar no elevador.

Fabiano caminhava rápido, e ela mal conseguia acompanhá-lo.

"Desacelera, estou com vontade de vomitar."

Fabiano respondeu friamente. "Aguente."

"Não consigo, meu estômago está ruim, realmente preciso vomitar."

Fabiano a ameaçou friamente. "Se você vomitar em mim, eu vou te limpar esta noite e não diga depois que eu abusei de você."

Natália ficou em silêncio.