Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 321

Por pouco não me esqueci, ele tem mania de limpeza.

Ao sair do elevador, Fabiano a colocou diretamente na porta do apartamento, indicando para ela abrir.

Natália cobriu o teclado da fechadura com a mão, inclinou a cabeça para digitar a senha, parecendo muito furtiva.

Fabiano "......"

Defendendo de quem!

Plim——

A porta se abriu.

Natália encostou-se ao batente da porta, olhando para cima em direção a Fabiano.

"Obrigada, Dr. Alves, por me trazer para casa."

"Não vai me convidar para entrar e tomar um chá?" Fabiano a olhou de forma indiferente.

"Não tenho chá em casa."

"Não tem chá, ou não tem coração?"

Natália com um olhar confuso "Ah?"

"Não é nada, volte para casa."

Fabiano ignorou os pequenos truques dela, não entrou, mas virou-se e foi para o seu próprio apartamento.

Natália encostada na porta, viu-o desaparecer no corredor.

Sentia um desconforto sufocante dentro dela.

Tontura e vertigem, como se o mundo girasse.

Ela segurou-se no batente da porta para voltar, e mergulhou no sofá.

O apartamento estava em silêncio, um grande "Felicidade" pendurado na parede contrastava ainda mais com o ambiente.

O Ano Novo chegou, e Patrícia também tinha ido para casa.

No apartamento, só ela estava presente.

Um ardor no estômago, sentindo-o revirar constantemente.

Natália fechou os olhos, tentando se perder na escuridão.

Bum!

Bum! Bum!

Do lado de fora, fogos de artifício explodiram por todo o céu.

O sino das doze soou pontualmente.

O Ano Novo chegou.

Natália abriu os olhos, olhando para os fogos de artifício festivos e variados, sentindo seu coração calmamente tranquilo.

De repente, há uma batida na porta.

Natália, enroscada no sofá, não queria se mover.

No segundo seguinte, um "clique", a fechadura foi desbloqueada, e a porta se abriu.

Uma figura masculina alta e esbelta entrou, segurando uma tigela de sopa escura.

Natália, meio adormecida, levantou a cabeça, olhando para ele com surpresa.

"Como você entrou aqui!?"

"Decifrei a senha da sua casa."

Natália "???"

"Todos os seus cartões bancários, o código do WhatsApp, todos têm a mesma senha, imaginei que a da porta não seria muito complicada."

Natália "......"

Ela ficou atordoada, dizendo "Mesmo que você tenha decifrado minha senha, não pode simplesmente entrar assim, esta é minha casa."

"Se eu não posso entrar, quem pode, Valério?"

Natália "?"

Como ele sabia que Valério tinha estado aqui?

"Ele, ele também não pode simplesmente entrar, eu trato todos os meus amigos igualmente, nunca favoreci uns em detrimento de outros."

Fabiano lançou-lhe um olhar, falando num tom sombrio "Quem é seu amigo."

"Não consegue dormir sem beber, está tentando afogar as mágoas no álcool?"

Natália baixou a cabeça, concordando honestamente.

"Está triste hoje?"

"Sim."

"Por causa da morte de Linda na véspera de Ano Novo, ou porque eu fui para casa para o feriado?"

Natália silenciou por um momento, sem responder.

Ela não falava, e Fabiano também não perguntava.

Os fogos de artifício continuavam a explodir lá fora, brilhando e se apagando, refletindo-se nas pupilas de ambos.

Era uma quietude evidente, mas trazia uma sensação de tranquilidade.

Fabiano sentou-se no sofá por um longo, longo tempo.

Silenciosamente, acompanhou-a na virada do ano.

Na verdade, em alguns aspectos, ele era bastante grato à Helena.

Cada vez que Helena provocava propositalmente, dava-lhe uma razão para estar mais perto dela.

Essa sensação de moralidade, esses acordos de casamento.

Eram demasiadamente pesados.

Ele realmente não gostava.

Natália adormeceu.

Por causa do álcool, sua cabeça estava turva e pesada, e ela dormia profundamente.

O celular vibrou várias vezes, mas ela não reagiu.

Fabiano inclinou a cabeça para olhar, era uma mensagem de texto de Valério.

Ele apertou para ignorar sem expressão alguma.

Alguns minutos depois, veio uma ligação de Pedro.

Ele a ignorou com ainda mais indiferença.