Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 346

Logo cedo no segundo dia.

A campainha do quarto do hospital foi acionada com urgência.

Sem esperar por Fabiano se pronunciar, Helena já tinha invadido o lugar, atravessando o salão até parar em frente ao leito de Fabiano.

Ela estava pálida, com os olhos vermelhos e cheios de vasos sanguíneos, como se não tivesse dormido durante a noite.

"Fabiano, você precisa me ajudar."

Helena foi direta, com a voz tremendo. "Meu avô foi levado pela promotoria bem cedo, disseram que ele estava conspirando com Leandro, querem congelar todos os nossos bens, vasculhar cada pista... por favor, me ajude."

Fabiano levantou os olhos, seu tom era sereno e indiferente. "Contrabando de j, tráfico transfronteiriço, conspiração com criminosos de alta periculosidade, como você espera que eu te ajude com isso?"

Helena ficou surpresa.

Parecia chocada por ele saber disso, mas ao mesmo tempo, como se ele já devesse saber.

Ela fechou os lábios, abaixando sua postura ao máximo.

"Amanhã seria nosso noivado, se isso explodir agora, a família Alves também será investigada, você realmente quer ver o tio Alves passar por essa vergonha?"

"Quem não deve, não teme. Além disso, ainda não estamos no mesmo barco. Mesmo que a família Carvalho perca a cabeça, não tem nada a ver com a minha família, concorda?"

Fabiano permaneceu calmo e inabalável.

"Em vez de vir até aqui tentar me coagir moralmente, seria melhor se preparar. Talvez o próximo a ser procurado pela promotoria seja você."

Helena ficou com a face sombria, incrédula. "Você vai ser tão cruel, não vai deixar nem uma saída para minha família?"

"Não acha que falar isso entre nós é muito superficial?" Fabiano disse com um sorriso sarcástico e um olhar frio como gelo. "Quando você foi cruel com Natália, pensou em deixar uma saída para ela?"

Helena abriu a boca, mas não conseguiu falar.

"Agora que seu irmão e sua irmã ainda não foram envolvidos, isso já é a maior misericórdia da minha parte. Se você continuar me procurando para pedir favores, não me importarei em divulgar o conteúdo das câmeras de segurança deste quarto para provar minha inocência."

Helena arregalou os olhos, olhando instintivamente para cima.

De fato, viu uma câmera de vigilância no canto do teto, ainda com a luz vermelha piscando.

Ele já havia previsto que ela viria!

Ele nunca teve a intenção de deixar a família Carvalho escapar nem um pouco.

Desde atrair Leandro de volta ao país até empurrar a família Carvalho para o abismo, cada passo foi cuidadosamente calculado por ele.

A estratégia de matar dois coelhos com uma cajadada só foi bem-sucedida graças a ele.

Helena respirou fundo, com um tom zombeteiro em sua voz. "Estamos prestes a nos noivar, e você realmente não tem nenhum sentimento por mim, não é?"

Quando Natália passou por ela, Helena disse friamente: "Você deve estar muito satisfeita agora, não é?"

Natália hesitou por um momento e então respondeu calmamente: "Não estou feliz, mas certamente aliviada. Afinal, minha segurança pessoal finalmente foi garantida."

"Você não precisa ser tão irônica, não pense que só porque conseguiu minha posição, poderá ficar tranquila com o Fabiano. Quanto ao futuro, quem pode dizer com certeza?"

Helena riu com desdém, sua atitude não escondia mais nada.

"Realmente, é incerto, mas a justiça é infalível, é uma lição que aprendi."

Natália respondeu com dignidade.

Mas cada palavra atingiu diretamente os pontos sensíveis de Helena.

Essa boca dela é realmente tão venenosa quanto a do Fabiano.

Helena lançou um olhar gelado para ela, virou a cabeça e passou por ela sem parar.

Assim que saiu pela porta principal do hospital, um carro do Ministério Público parou diante dela.

A porta se abriu e alguns funcionários uniformizados saíram.

"Srta. Carvalho, há algumas questões sobre as transações financeiras e os registros contábeis da família Carvalho nos últimos dez anos. Por favor, venha conosco."