Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 399

Natália ficou paralisada por um momento.

Brindou com ela, sem fazer alarde.

"Obrigada, Srta. Barbosa."

Glória retirou uma pequena caixa, a abriu e lá dentro havia um pingente de jade, esculpido em pedra de qualidade superior, apresentando um cenário de montanhas e águas.

O desenho era detalhado, vivaz.

"Esta é a minha pedra favorita. Fiz questão de mandar esculpir especialmente para você, como um modesto presente, espero que goste."

As palavras de Glória foram sinceras.

O presente também foi dado com intenção.

Em um dia tão feliz, Natália se viu incapaz de recusar e silenciosamente aceitou.

"Muito obrigada, foi muito gentil da sua parte."

"Não foi nada, você me ensinou tanto sobre arquitetura e cuidou de mim em todos os momentos, é o mínimo que posso fazer para agradecer."

Glória sorriu de forma despretensiosa.

Ela era, afinal, uma garota tão doce.

No entanto, por algum motivo, Natália sentiu uma inquietação.

Desde o primeiro encontro com Glória, ela sentia isso.

Talvez fosse o sexto sentido feminino.

De repente, sentiu uma mão firme em sua cintura, e todo o seu corpo foi envolvido pelo braço de Fabiano.

"Agradecemos, Srta. Barbosa, por cuidar tão bem da minha Natália. Estamos ocupados, fique à vontade."

Após dizer isso, ele levou Natália para outra mesa.

Mesmo depois de se afastarem, Natália ainda sentia uma estranheza.

Fabiano, enquanto se misturava entre os convidados, sussurrou em seu ouvido:

"Não se preocupe, vou investigá-la."

Ele também achava Glória estranha?

Natália e ele se olharam e ela suspirou aliviada.

Parecia que, durante o período pós-casamento, ela teria que encontrar uma maneira de se livrar de Glória.

Melhor cortar o mal pela raiz do que ficar em dúvida.

Nos brindes seguintes, Gabriel assumiu seu lugar.

Patrícia não bebeu, e os noivos não podiam abusar, então ele, pobre alma, circulou entre mais de dez mesas.

Quase como se fosse o seu próprio casamento.

...

"Não precisa, não quero seu dinheiro."

"Fique tranquila, não estou tentando te extorquir nem tirar vantagem." Lucas murmurou, "De qualquer forma, você ainda é minha irmã."

"O que aconteceu em Myan Norte, me desculpe por aquilo."

Desde que teve uma filha, ele sentia um leve remorso em relação a Natália.

E, sabendo o que Pedro havia feito, sentia-se um pouco culpado.

"Tá bom, é só isso mesmo. Agora que você se casou com uma família tão importante, não vou mais te incomodar. Nossa família, se for mencionada, só te traria vergonha. Então é isso."

Após dizer isso, Lucas desligou.

Natália segurava o celular, com o som de "tu-tu" em seus ouvidos, sua expressão era indecifrável sob o crepúsculo.

O sol se punha, tingindo o céu de vermelho.

Ela ficou sob o céu de fogo, ereta, firme e solitária.

Do outro lado do rio, em um hotel, uma figura magra estava de pé em frente a uma janela panorâmica, segurando um binónculo, observando o casamento no gramado por longo tempo.

Até que a noite caísse completamente, ela finalmente abaixou o binónculo.

Em um dia de maio, ela vestia-se com um longo casaco e calças pretas, adornada com um grande chapéu e uma máscara cuidadosamente colocada, ocultando completamente seu corpo sem deixar vestígios.

Apenas seus olhos, portadores de rancor, ficavam à mostra.