Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 400

Ela era magra, com olhos secos e sem vida, toda a sua figura era sombria e cheia de ressentimento.

A filha do vice-diretor, que um dia fora cheia de vida e encanto.

Agora, parecia um rato de esgoto, uma alma perdida nas sombras, tão insegura que mal podia suportar a luz do dia.

Nem mesmo no casamento de Fabiano ela tinha direito de entrar.

Só podia espiar de longe, do quarto de um hotel do outro lado do rio.

"Senhorita Souza, está na hora da sua injeção."

Alguém entrou no quarto com um cartão, carregando uma caixa de medicamentos.

Olívia Souza voltou a si e desviou o olhar, sentando-se habilmente no sofá.

A jovem médica abriu a caixa de medicamentos, que estava organizada com várias seringas finas e alguns frascos de líquido transparente.

Era um sedativo especial.

Ela preparou a medicação com movimentos serenos, puxou o líquido com a seringa, expulsou o ar.

Olívia, cooperativa, arregaçou a manga.

Seu braço magro estava cheio de velhas marcas de agulha.

A médica escolheu um local limpo, inseriu a agulha com habilidade e injetou o medicamento, seus movimentos eram fluidos como água corrente.

Olívia fechou os olhos, parecendo insensível, incapaz até de sentir dor.

Ela estava sofrendo assim há meses.

Desfiguração, pesadelos, doenças... tudo a torturava.

Finalmente, quando a família Carvalho caiu e Helena foi capturada!

Ela pensou que finalmente teria sua vingança, que finalmente poderia aceitar seus ferimentos.

Mas então ela viu Natália e Fabiano se casarem.

Eles se casaram como se fosse a coisa mais natural do mundo!

Uma onda de ressentimento, ciúme e profundo ódio brotou em seu coração.

Ela havia sofrido essas feridas por Natália!

Tudo o que ela havia passado deveria ter sido o destino de Natália!

Agora ela estava cheia de cicatrizes, desfigurada, se deteriorando em um canto escuro, esperando pela morte.

Enquanto Natália desfrutava do amor e do casamento sob o sol.

Por quê.

Depois da injeção, a médica guardou a seringa, trancou a caixa de medicamentos e saiu.

"Mas se eu parar agora, vou esquecer onde parei amanhã..."

"Amanhã eu te ajudo a contar."

Fabiano pegou um punhado de envelopes, sem nem olhar, jogou-os no tapete, tirou a coroa dela e a pressionou contra a cama de casamento.

Um leve cheiro de álcool se espalhava, era o aroma dele.

Natália o beijou por um momento.

Só sentia um frio no peito, e em meio à tontura, suas vestes foram removidas, peça por peça.

Seu corpo pálido afundou em um mar de vermelho, tão pálido e delicado, era de tirar o fôlego.

Os olhos de Fabiano brilhavam com um fogo ardente.

Ele tinha bebido um pouco, e esta noite estava selvagem.

O jogo preliminar foi especialmente intenso.

Até que Natália não aguentou mais.

Ele então se posicionou, e com uma voz rouca e profunda, disse:

"Natália, vamos ter um filho."