Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 401

Natália Ferreira estava meio grogue, a cabeça parecendo falhar.

Ter um filho?

Agora?

Antes que pudesse processar, o beijo de Fabiano Alves a alcançou.

Ela foi puxada de volta ao ritmo dele.

Lá fora, uma brisa leve fazia as cortinas dançarem.

Natália havia bebido hoje, sentindo a cabeça leve e um pouco atordoada.

No último momento, ela esticou a mão tentando alcançar o pequeno guarda-chuva na mesa de cabeceira, mas não conseguiu encontrá-lo.

Lembrou-se então que estava na Casa Antiga dos Alves, e que tal objeto não existia ali.

Sentiu um peso sobre os ombros.

Fabiano já a pressionava firmemente.

“…”

O sol estava perfeito.

Natália acordou na grande cama vermelha, ainda meio confusa.

Demorou alguns minutos para aceitar a realidade.

Ela tinha se casado.

E agora era parte da família de Fabiano.

Havia uma mão grande envolvendo sua cintura, o peito forte e quente do homem colado às suas costas.

Íntimo e aconchegante.

Natália mordeu o lábio, com o coração amolecido.

Lembranças da noite anterior surgiam em sua mente, a persistência dele em sua paixão, e como ele terminou sem qualquer precaução...

Depois de pensar um pouco, Natália discretamente pegou o celular.

Digitou três letras no aplicativo de delivery, procurando por pílulas anticoncepcionais, preparando-se para fazer o pedido.

Ela não havia salvado o endereço da Casa Antiga dos Alves.

Demorou um pouco para preencher o endereço, e quando estava prestes a inserir o código de pagamento—

Uma mão grande se estendeu, tirando o celular de suas mãos.

“Quer comprar pílula do dia seguinte?”

A voz de Fabiano ressoou ao seu ouvido, ainda rouca de quem acabou de acordar.

Natália não esperava ser pega em flagrante.

Ela travou por um instante, um toque de constrangimento cruzando seu rosto.

“Sim, ainda não passaram vinte e quatro horas, então ainda dá tempo, certo?”

“Por quê?”

Fabiano a observava, seus olhos escuros calmos, indecifráveis, mas de alguma forma fazendo-a se sentir exposta.

Natália baixou a cabeça, falando a verdade.

“Meu projeto ainda não está concluído, estou no auge da minha carreira, preciso viajar muito, ainda não posso ter filhos.”

Depois de um tempo, sem ouvir Fabiano falar.

Ela olhou para ele cautelosamente.

“Eu trabalhei duro para conseguir este projeto, preciso dar tudo de mim, sem me preocupar com mais nada.”

“Então, ter um filho pode esperar um pouco?”

O desejo dela pela carreira sempre foi claro para Fabiano.

Ela era diligente e dedicada.

Não passou dezesseis anos estudando apenas para terminar tendo que cuidar de crianças.

Fabiano ficou em silêncio por um momento.

Desligou o celular de Natália. “Esse medicamento tem efeitos colaterais severos, vou comprar outro para você.”

Ele acariciou seus cabelos, levantou-se e foi até a janela fazer uma ligação.

Quando voltou para a cama, Natália já estava de pé, olhando para ele com um olhar puro e inquisitivo.

“Você não está zangado?”

“Zangado com o quê?”

"Wilma, por favor, leve isto para a Natália."

"Ah, claro."

Wilma pegou o pacote, subindo as escadas tranquilamente.

Vendo-a subir, Fabiano virou-se e entrou no escritório.

No caminho da escada, Yasmin Mendes viu o pacote nas mãos de Wilma e perguntou curiosa.

"O que é isso?"

"Não sei, o Senhor Alves pediu para eu entregar à Senhorita Ferreira." Wilma respondeu sinceramente.

Yasmin pensou um pouco e disse, "Deixe comigo, eu levo para ela. Você vai à cozinha preparar duas tigelas de sopa; Fabiano bebeu ontem, vamos cuidar do estômago dele."

"Certo."

Wilma entregou-lhe o pacote e desceu para se ocupar.

Yasmin avaliou o pacote, leve, sem muito peso.

Abriu-o e viu uma caixa de medicamentos.

Uma sequência de letras em inglês, ela compreendeu ser pílulas anticoncepcionais.

Natália queria evitar a gravidez?

Ela não desejava dar um filho à família Alves?

Os olhos de Yasmin escureceram instantaneamente.

Ela olhou para o medicamento por um momento, quase sem precisar pensar para entender o que estava acontecendo.

Uma jovem recém-graduada e bela, não queria ter um filho para não se prender.

Ela era uma workaholic.

Querendo usar os recursos da família Alves para expandir seus negócios, hein?

Que esperta.

Mas como nora da família Alves, ela só precisa ser digna e virtuosa, não há necessidade de buscar os holofotes e trazer vergonha.

Yasmin pensou por um momento, então voltou para seu próprio quarto.

Abriu a gaveta do criado-mudo, procurou uma cápsula de embalagem individual semelhante e a substituiu na caixa.