Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 422

Natália foi facilmente manipulada por ele.

Não teve outra escolha senão fechar o computador e retornar ao seu quarto obedientemente.

Passou uma noite sem sonhos.

Na manhã seguinte, Natália pegou todos os projetos e desenhos, e foi de carro com Bruno diretamente para a empresa.

O plano de reparo do Edifício Prata foi concluído.

Agora só restava a execução no local.

Urbano organizou uma reunião online, convidando alguns especialistas para examinar o plano da equipe de Natália.

Embora o método de reparo fosse um pouco rudimentar, era de fato a solução mais segura no momento.

Os especialistas concordaram, e o desenvolvedor também.

Quando estava quase tudo pronto, Jorge de repente sugeriu desistir.

Natália ficou atônita.

Não esperava que isso acontecesse tão de repente.

Urbano fez várias ligações, e do outro lado, a decisão de desistir do reparo foi firme, junto com a proposta de rescisão do contrato, sem qualquer responsabilidade sendo atribuída à GDSS e aos designers.

"Parece que o Velho Sr. Barbosa está realmente decidido, esse plano não precisa mais continuar."

Urbano guardou o telefone e devolveu os planos para Natália.

"Você realmente se esforçou muito, foi um trabalho em vão."

Natália pegou os planos, ficando em silêncio por alguns segundos.

Levou um tempo para absorver a situação.

"Sr. Teixeira, se desistirmos, o que acontecerá com o prédio?"

"Já está instável, só podemos fazer uma demolição controlada, transformando-o em ruínas."

Urbano suspirou. "É uma pena, o Edifício Prata teve uma longa história em Cidade Norte, faz parte das lembranças de infância de muitas pessoas."

Natália comprimiu os lábios.

Demolição controlada.

Isso significava que seu trabalho se tornaria um monte de ruínas.

Um caso de falha.

E também significaria... solidificar a reputação da família Alves de nepotismo.

"Sr. Teixeira, você poderia me dar mais um dia? Eu gostaria de falar pessoalmente com o Velho Sr. Barbosa."

Urbano olhou para ela. "Você ainda quer continuar com este projeto?"

"Sim."

"Medo de falhar?" Urbano sorriu. "Falhar não é o fim do mundo. Reforçar uma parede de carga tem seus riscos, o grupo não vai te culpar. Quando este projeto terminar, outro será iniciado para você."

Natália balançou a cabeça. "Não é só o medo de falhar."

Ela baixou seus olhos, com a voz um pouco baixa. "Se eu não conseguir salvar o Edifício Prata, a família Alves será marcada para sempre como 'apadrinhada', e eu também."

Ela trabalhou duro para chegar até aqui.

Podia aceitar a falha, mas não podia aceitar que seu esforço fosse completamente negado.

Urbano suspirou. "Os jovens de hoje são muito preto no branco."

Natália baixou a cabeça, obstinada.

"Mas se temos uma maneira de remediar, simplesmente desistir... isso não está certo."

"É muito parecido." Urbano exclamou.

"Parecido com o quê?" Natália não entendeu.

Ele permaneceu em silêncio por um longo tempo.

O coração de Natália estava ansioso.

Nesse momento, uma voz clara ecoou do segundo andar.

"Pai, deixe-a tentar."

Natália levantou os olhos e viu Glória, vestida casualmente, descendo as escadas.

"Eu confio muito na habilidade da Srta. Ferreira, pelo tempo que ela passou me ensinando, por favor, dê-lhe mais uma oportunidade."

Vendo sua filha falar assim.

Jorge ficou em silêncio por um momento, depois concordou relutantemente.

"Tudo bem, então."

Ao ouvir Jorge ceder, Natália imediatamente agradeceu. "Muito obrigada aos dois, o tempo é curto, vou organizar tudo no canteiro de obras agora mesmo."

Ela disse isso e, temendo que Jorge mudasse de ideia, saiu rapidamente com o projeto em mãos.

Como se demorar mais significasse perder a oportunidade.

Na sala de estar da família Barbosa, Jorge olhou para Glória, confuso.

"Glória, a Natália sempre foi tão cautelosa contigo, como veio a ideia de ajudá-la?"

Glória olhou para a figura que se afastava no jardim, falando calmamente.

"Como arquiteta, nunca se deve desistir de uma obra antes do fim, essa é a nossa convicção."

Ela fez uma pausa, falando consigo mesma.

"Ela é uma boa arquiteta."

"Salvar a vida dela vale mais do que construir uma pagoda de sete andares."