Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 445

Brincaram o dia inteiro.

Quando chegou a noite, Natália estava realmente exausta.

Felizmente, Fabiano não a forçou, e os dois deitaram juntos na grande cama do hotel, abraçados enquanto dormiam.

Fora da janela, a luz do luar brilhava.

O ambiente do quarto estava tranquilo, sereno e pacífico.

Natália piscava, olhando a paisagem lá fora, e silenciosamente franzia os lábios.

Em dois dias, eles voltariam para Cidade Norte.

Ela sentia um certo pesar.

Em suas memórias, as oportunidades de se divertir sem preocupações com Fabiano eram raras, quase inexistentes.

Ela valorizava cada segundo que passava com ele.

Depois de voltar para Cidade Norte, talvez ele ficasse ocupado novamente.

Ou talvez as coisas ficassem ainda mais sérias.

Natália o abraçou pela cintura, encostando a cabeça em seu peito, e o som estável de seu coração a fez sentir-se um pouco mais tranquila.

"De qualquer forma, eu estarei ao seu lado."

Ela murmurou baixinho e fechou os olhos para dormir.

Nos dois dias seguintes, Natália se dedicou totalmente a fazer o roteiro e a aproveitar ao máximo.

Pela manhã, saíram para o mar de lancha, pescaram.

Ao meio-dia, deitavam no hotel observando a vista do mar sob o sol, com as ondas brilhando prateadas sob a luz.

Ao entardecer, eles se sentavam no topo de uma montanha da ilha, observando o sol vermelho-sangue ser lentamente engolido pelo horizonte marítimo.

A lua surgia, pendurada no céu.

No terceiro dia, ao amanhecer, a viagem chegava ao fim.

Natália arrumou as malas, e eles voltaram pelo mesmo caminho, deixando a ilha de barco.

Vendo a ilha ficar cada vez menor atrás do barco, Natália encostou-se no convés, olhando para Fabiano.

"Na próxima vez, quando tivermos mais tempo livre, podemos continuar vindo, que tal?"

"Claro."

"E que tal visitarmos os monumentos históricos pelo país também?"

"Claro."

"Há algum lugar que você queira ir?" Natália perguntou a ele.

Fabiano a envolveu pelos ombros, com uma voz baixa e profunda.

"Eu quero voltar para casa, para o Bairro Magnético."

Só lá era o pequeno mundo deles.

"Você é saudosista?" Natália perguntou, erguendo uma sobrancelha.

"Sim, mas principalmente por você."

...

Após uma viagem cheia de solavancos.

Às oito da noite, finalmente chegaram ao Bairro Magnético.

Assim que abriram a porta, um gato gordinho saltou para fora, e ao vê-los, aproximou-se com um "miau" contido.

Apesar da sua atitude fria, seu rabo estava erguido, revelando sua alegria interior.

Natália não conseguiu conter um sorriso, agachando-se para acariciá-lo brevemente.

O gato cooperou com outro "miau".

"Finalmente consegui conquistá-lo, agora ele não foge mais mesmo com a porta aberta."

Natália olhou para Fabiano com um pequeno orgulho, "Sr. Alves, acho que podemos retirar o apelido de ingrato, não é?"

Desde o início até o momento presente, vendendo ovos, sendo pressionada a casar, enganada, construindo edifícios, reformando construções... passo a passo.

Ele a observou, passo a passo, saindo do lamaçal. Com dificuldade, esforçando-se, como uma planta selvagem que, tenazmente, rompe o solo, cresce e se transforma em uma grande árvore.

O olhar de Fabiano tornava-se, aos poucos, mais sombrio.

"Clack."

A porta do escritório se abriu e Natália entrou vestindo um pijama folgado.

Ao ver seus próprios certificados, ela perguntou, confusa, "Por que você está olhando isso?"

"Acabei de ver e decidi dar uma olhada."

Fabiano passou os dedos pelos nomes nos certificados, murmurando para si mesmo.

"Nossa Natália é muito talentosa, uma verdadeira promessa."

Natália sorriu. "Por que você também diz isso? Agora, sempre que ouço 'promessa', fico com uma sombra no coração. Melhor eu me manter focada e continuar construindo."

Fabiano, com gestos delicados, guardou cada um dos seus certificados.

Com mais cuidado até do que Natália.

"São suas conquistas, muito boas."

Natália deu uma risada. "Conquistas? São as dificuldades que enfrentei. Quando éramos pobres, eu não tinha um quarto próprio e tinha que desenhar segurando o lápis no frio cortante. Se eu conseguisse desenhar linhas suaves mesmo com as mãos congeladas, isso significava que eu tinha me superado."

Ao ver a expressão de leve dor em Fabiano.

Natália mudou de assunto, adotando um sorriso caloroso.

"Mas isso tudo já passou. Trocar todas essas experiências difíceis por um Sr. Alves é minha sorte."

Ela olhou para ele. "Vai ficar cada vez melhor, não é?"

Fabiano assentiu, engolindo em seco.

"Sim."

No futuro, tudo será cada vez melhor.