Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 446

Após uma longa jornada, os dois estavam exaustos.

Depois de jantar, Natália foi dormir cedo.

Quando ela pegou no sono, Fabiano preparou-se para desligar a luz, quando o celular sobre o criado-mudo começou a vibrar insistentemente.

A tela exibia um número desconhecido.

Fabiano pegou o celular, desceu da cama e foi até a varanda atender.

"Quem fala?"

Houve um breve silêncio do outro lado da linha, seguido por uma voz calma, mas imponente.

"Fabiano, quanto tempo."

Fabiano estreitou os olhos, identificando imediatamente quem era.

"Sr. Alfaro."

"Sempre o mesmo rapaz calmo e inteligente de quando era criança. Depois de tantos anos, você não mudou nada."

Fabiano fechou a porta da varanda, isolando-se do quarto principal.

Sua voz era fria e distante.

"Falemos de negócios."

Severino do outro lado riu levemente, sua voz cheia de confiança.

"Então, vou direto ao ponto, Fabiano, peça demissãoo."

Os olhos de Fabiano se estreitaram. "Oh?"

"Não pense que estou sendo irracional. Há anos, seu pai e eu saímos do mesmo departamento, e eu participei de cinco ou seis festas de aniversário suas. Pensando nos velhos tempos, só quero dizer que Fábio não vai conseguir se reerguer."

"A comissão de inquérito já está a caminho, e ele será investigado em breve. Se você pedir demissão agora, ainda pode ter uma saída."

"Que saída? Conspirar com você contra ele, ajudando você a ascender facilmente?"

Fabiano riu friamente. "Sr. Alfaro, eu não sou idiota. Eu já conheço suas táticas."

Se ele pedisse demissão agora, a comissão de inquérito só ficaria mais suspeita.

Mesmo agindo com honestidade, ele ainda seria um alvo principal de investigação.

Desde que entrou na política, não havia muitos caminhos claros a seguir.

"Eu sei que você me culpa, mas nesta sociedade, se as pessoas não lutam para subir, estão condenadas. Eu preciso lutar por essa posição."

Fabiano permaneceu em silêncio.

Ele segurava o celular firmemente, seu rosto inexpressivo.

Mas as pontas de seus dedos, pálidas, denunciavam sua contenção e paciência.

"Tu-tu-tu—"

Sem esperar por uma resposta, Fabiano desligou o telefone diretamente.

Na varanda, uma brisa fresca soprava, despertando seus pensamentos.

Ele segurou o celular firmemente por um longo tempo antes de finalmente entrar no quarto.

Sob a luz suave do abajur, Natália dormia tranquilamente.

O som de sua respiração suave e regular acalmava a agitação em seu coração.

Fabiano guardou o celular, deitou-se e a abraçou.

Firmemente, sem deixar espaço entre eles.

"Natália," ele murmurou baixinho, "eu te amo."