Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 453

"Receio que não possa tomar medicamentos, é necessário fazer mais exames."

O médico responsável marcou para ela um departamento específico "Vá fazer uma verificação."

Natália, meio atordoada, olhou para o formulário do exame que indicava o ultrassom e continuou para o laboratório.

Como era um caso de emergência, o resultado saiu rapidamente.

Após esperar um pouco, ela finalmente obteve o relatório completo, junto com a observação do médico.

Ao ver os resultados no formulário, ela ficou estupefata.

O que veio depois foi uma mistura de surpresa e alegria.

"Como foi, te receitaram algum medicamento? O que o médico disse, demorou tanto?"

Valério veio do corredor perguntar.

Natália, cuidadosamente, guardou o formulário e disse "Não é nada sério, só uma febre por causa do frio, vou colocar um adesivo para baixar a febre e ficará tudo bem."

"Febril e não te receitaram medicamento?"

"Eu não tomo medicamentos." Natália disse em silêncio "Os efeitos colaterais são muitos."

Valério resmungou "Que raciocínio estranho."

Natália saiu para fora, a chuva ainda caía, suavemente sem cessar.

"Obrigada por me trazer ao hospital hoje, você me ajudou muito, preciso ir agora, nos vemos quando houver oportunidade."

"Para onde você vai? Eu te levo."

Valério, balançando as chaves do carro, disse "Tão tarde assim, não é seguro para uma moça andar sozinha."

Natália pensou por um momento e concordou.

"Então, por favor, me leve até o Bairro Magnético."

"Espere aí, vou pegar o carro."

Quando Valério estava prestes a buscar o carro, um Land Rover preto de repente apareceu, parando sob a chuva.

Vitor saiu do carro com um guarda-chuva, caminhando respeitosamente em direção a Natália.

"Srta. Ferreira, por favor, entre no carro."

Natália lançou-lhe um olhar com um traço de mágoa.

Havia alguns dias que não o via, e ele finalmente apareceu.

Valério, sarcástico, falou "Por que está convidando ela para entrar no carro? Seu patrão não está se divorciando? Agora que não quer mais, ainda mostra preocupação aqui? Natália tem quem a leve, não precisa se incomodar."

Vitor manteve o sorriso "Srta. Ferreira, está frio, entre no carro, por favor."

Natália olhou através da chuva para o Land Rover.

O carro estava vazio, sem ninguém.

"Onde ele está?" ela perguntou.

Vitor respondeu "Sr. Alves está ocupado, pediu-me para levá-la de volta."

Ele ainda estava evitando ela?

Natália respirou fundo e apertou os dedos.

"Certo, então me leve de volta."

Ela se virou para se despedir de Valério "Obrigada por hoje, outro dia te levo para jantar."

Valério franziu a testa "Como você ainda pode ser tão ingênua? Ele te diz algumas palavras e você volta, cadê sua dignidade?"

Natália pressionou os lábios.

"Eu não vou concordar com o divórcio, de jeito nenhum."

Após dizer isso, virou-se e foi em direção ao Land Rover.

Vitor rapidamente segurou o guarda-chuva sobre ela para protegê-la da chuva.

Valério ficou parado, vendo o Land Rover desaparecer na chuva, com uma expressão sombria.

Suas palavras se tornaram realidade.

Ela realmente ainda se importava com ele.

Atrás dele, uma enfermeira se aproximou "Valério, sua mãe tem fisioterapia hoje, venha rápido."

Valério voltou a si e respondeu.

"Estou indo."

No carro.

Natália sentou-se no banco de trás, enquanto Vitor dirigia com segurança.

Havia um leve aroma fresco no veículo, sutil, mas ela podia sentir.

Ele definitivamente estava lá antes.

Vitor, observando a estrada, perguntou casualmente a Natália.

"Srta. Ferreira, não foi nada sério no hospital, né?"

"Foi sim."

"Ah?"

"Meu corpo está com um problema sério, não está bom." Natália disse, "Eu quero ver o Fabiano, depois de vê-lo, eu conto."

Vitor hesitou "Srta. Ferreira, não me coloque nesta situação..."

"Eu sei que você pode encontrá-lo. Se você não me deixar vê-lo, eu vou pedir ao Valério para me buscar e levar ao trabalho todos os dias, nunca mais entrarei no seu carro."

Vitor "…"

Nesta situação, ele realmente não tinha escolha.

Seu rosto estava vermelho, assim como seu pescoço e ouvidos, aparentando uma temperatura muito alta.

Fabiano tocou sua testa com a mão.

De fato, estava muito quente.

Parecia que ela havia pegado um resfriado na chuva forte de hoje.

Fabiano pegou seu celular, "Vou comprar remédio para você."

"Eu não quero tomar."

"Natália... seja obediente."

Lá estava ele novamente, com essas duas palavras.

Terno e, ao mesmo tempo, resignado.

Natália o abraçou fortemente, recusando-se a soltar.

"Volte para casa comigo, vamos enfrentar isso juntos, não fique mais no hotel, está bem?"

Fabiano ficou em silêncio por um momento, antes de dizer, "O Bairro Magnético é seu, fica perto da sua empresa, será conveniente para você ir trabalhar."

"Então, no fim das contas, você ainda quer se divorciar de mim, não é?"

Fabiano falou, "Comigo, você não terá dias bons."

"Eu não tenho medo."

"Mas eu tenho." Fabiano esboçou um sorriso irônico, "Você nunca teve dias bons, passou por muitas dificuldades na primeira metade da sua vida, não posso deixar que a sua segunda metade seja arruinada por minha causa."

"Sem você, mesmo os bons dias não significam nada."

Natália, obstinadamente, disse novamente, "Eu vou dizer mais uma vez, eu não quero o divórcio."

Sua teimosia estava aflorada novamente.

Não havia como convencê-la.

Fabiano segurou seu pulso e gentilmente a empurrou para longe.

"Vou pedir para o Vitor te levar de volta, a decisão sobre o divórcio já foi tomada, não há espaço para mudança."

"Essa vez, nem mesmo suas súplicas vão adiantar."

Após falar, ele virou-se para abrir a porta,

Sua silhueta era solitária e resoluta.

Persistente e autoritário.

Deixando-a para trás assim.

Natália olhou para sua silhueta, soltando calmamente algumas palavras.

"Eu estou grávida."