Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 505

Patrícia estava furiosa.

Tentou empurrá-lo, mas ele segurou seus braços e os torceu para trás.

O beijo dele hoje era incomum, carregado de uma raiva velada e dominância, nada parecido com as brincadeiras de antes.

Patrícia lutou várias vezes sem conseguir se soltar.

Ao terminarem o beijo, ambos estavam ofegantes, como se tivessem brigado.

"Essa é a razão."

Gabriel estava levemente sem fôlego, e a curta distância entre eles fazia com que sua respiração caísse sobre o rosto dela.

"Se não me tirar da sua lista negra, vou continuar te pressionando assim."

Patrícia, entre dentes, disse: "Gabriel, você está exagerando."

"Hmm..."

Sem mais palavras, Gabriel pegou seu rosto e a beijou novamente.

Patrícia sentia que havia algo errado com ele hoje, como um cachorro louco, incessante e anormalmente dominador.

Dada a diferença de força entre homens e mulheres, ela usou toda a sua força sem conseguir empurrá-lo, deixando-o beijá-la e mordiscá-la à vontade.

Até que, exausta a ponto de desfalecer, foi carregada para o quarto e jogada na cama.

"Pergunto mais uma vez, você vai me tirar da lista negra ou não?"

Patrícia, enfurecida, respondeu: "Desgraçado, não vou tirar!"

"Alguns dias sem te ver e seu temperamento volta a crescer, hein?"

Patrícia retrucou: "Seu idiota."

Gabriel cobriu sua boca com a base da mão: "Morde aqui, posso ser ainda pior."

No segundo seguinte, Patrícia gritou de dor.

"Gabriel, você enlouqueceu, não quero brigar com você, me solte!"

Gabriel olhou para ela e perguntou: "Você quer fazer isso com quem? Com Hugo?"

Patrícia arregalou os olhos: "Você está doente? Ele é meu cliente."

"O cliente está interessado em você, você não percebeu?"

"Isso não é da sua conta."

Assim que terminou de falar, ela foi mordida novamente.

Patrícia estava tão machucada que as lágrimas quase saltaram de seus olhos.

Ao seu lado, havia a voz baixa do homem, ofegante e cheia de rancor.

"Sem coração, você me chamou de Don Juan por quatro anos, quem de nós dois é o verdadeiro Don Juan?"

"..."

Natália levantou a cabeça instintivamente, com os olhos levemente avermelhados.

"Tia Márcia."

Márcia sorriu e acariciou sua cabeça: "Já é tarde, venha para casa com a tia Márcia."

Natália sentiu um nó na garganta e um aperto no coração.

Ela se levantou, tonta, e se jogou nos braços de Márcia.

"Tia Márcia, a vida é sempre assim, cheia de desencontros?"

Márcia deu um tapinha no ombro dela, um vislumbre de compaixão brilhou em seus olhos. "Esforce-se. Quando você se tornar suficientemente forte, talvez as coisas possam mudar drasticamente."

Fora do salão de festas.

Dentro do LandRover.

Um silêncio tão profundo que parecia sufocante.

Vitor estava sentado no banco do motorista, olhando para Fabiano pelo retrovisor.

Ele estava imóvel no banco traseiro, com o braço cobrindo os olhos, sem dizer uma palavra, mantendo-se em silêncio por um longo tempo, tão quieto que quase não havia som.

Vitor mexeu os lábios, perguntando em silêncio:

"Sr. Alves, você está... arrependido?"