Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 537

Ela virou a cabeça bruscamente e o encarou com raiva. "Você ainda fala!"

"Não falarei mais, vou te levar voando."

Gabriel a segurou, ajustando suas posições, e antes que Patrícia pudesse reagir, ela já estava sendo levada montanha abaixo sob seu controle.

"Ah —"

O grito de Patrícia era especialmente agudo na pista de esqui.

O dia todo passou, e todos se divertiram muito.

Quando era hora de descer a montanha, Gabriel enganou Patrícia para entrar no carro, enquanto Natália, sabiamente, levou Ângela para pegar o ônibus.

Chegando ao pé da montanha, Patrícia dirigiu seu BMW, levando Natália e Ângela embora.

Voltar para a cidade da Montanha Mogi exigiria algumas horas.

Ao longo do caminho, cada um estava absorto em seus pensamentos.

Ao chegar ao bairro Cidade Norte, Patrícia deixou Ângela na entrada do seu condomínio, onde ela caminhou meio atordoada com seu celular na mão.

Patrícia virou o carro e foi deixar Natália.

No caminho de volta ao Condomínio Nove Árvores, elas conversavam esporadicamente.

"O que está acontecendo entre você e o Dr. Costa?" Natália perguntou indiretamente, "Eu vi que ele estava meio que se humilhando hoje, ele está te perseguindo, não está?"

Controlando o volante, Patrícia respondeu, "Parece que sim, mas eu não estou planejando namorar."

Ela fez uma careta, claramente ressentida, "Você não tem ideia de quão irritante o Gabriel pode ser. Ainda não estabelecemos nada sério e ele já está estendendo seus braços tão longe, considerando o Hugo como um rival imaginário, o que afetou seriamente o progresso do meu projeto e me impediu de ganhar dinheiro."

Natália riu baixo, "Isso parece ciúmes para mim."

"De qualquer forma, se isso afeta minha carreira, é inaceitável." Patrícia disse desdenhosamente, "Além disso, o que há de bom em namorar ou casar? Não vejo nenhum benefício além de uma restrição adicional. Não estou interessada em fazer um mau negócio."

Patrícia tinha uma perspectiva clara.

Na vida, primeiro você deve viver para si mesmo, só então pode viver para os outros.

Pessoas que se sacrificam não têm significado além de viver humildemente.

Apesar de parecer frio, havia alguma verdade nessas palavras.

Natália concordou com a cabeça, "Sim, eu respeito sua decisão."

Patrícia sorriu satisfeita, "Irmãs são as melhores."

Natália a provocou, "E o Dr. Costa, não é bom? Eu vi que ele te ensinou a esquiar com bastante dedicação hoje. Ele não trouxe roupas quentes suficientes e até espirrou duas vezes, mas ainda assim, relutava em descer a montanha."

Patrícia lembrou das palavras ferozes dele na pista de esqui hoje e seu rosto corou levemente.

"Esse homem está tentando me seduzir com seus truques."

O BMW parou na entrada do Condomínio Nove Árvores, Natália se despediu de Patrícia e foi para casa.

Já era noite, e o vento estava frio.

Caminhando para casa, Natália pensou que talvez devesse se familiarizar com o LandRover na garagem; não podia sempre depender do carro dos outros.

Chegando ao seu apartamento, ela usou sua impressão digital para destrancar a porta.

O lugar estava vazio e sem vida, lembrando-a dos dias na Capital.

Ela abriu o WhatsApp e foi até a conversa com Fabiano, que ainda estava na última mensagem que trocaram.

Era uma foto cheia de insinuações, provocando a imaginação.

Ela digitou "cheguei em casa".

Depois de alguns segundos, ele respondeu que estava em uma reunião e que sentia muito sua falta.

Natália olhou para aquelas palavras, lembrando-se do que Ângela disse.

Mesmo os amantes mais ocupados encontram tempo para responder, em vez de dar desculpas.

Ela sorriu suavemente, sentindo-se afetuosa.

"Foi trabalhar."

"Em que empresa?"

Depois de pensar um pouco, Ângela disse com voz trêmula, "Acho que ele está na sede do Grupo Farmacêutico Paz, trabalhando como desenvolvedor frontend."

A sede do grupo de Fabiano?

Natália estreitou os olhos e pegou as chaves do carro.

"Vamos."

"Natália, o que vamos fazer?"

"Vamos cobrar a dívida."

...

Uma hora depois.

Um Land Rover branco parou em frente à sede do Grupo Farmacêutico Paz.

O namorado de Ângela estava na área de desenvolvimento frontend, e Natália desceu do carro, usando sua identidade como designer de edifícios farmacêuticos, para entrar no prédio da sede.

Ela andava com uma aura imponente.

Dez minutos depois, Fabiano ouviu Vitor bater à porta do escritório às pressas para relatar.

"Sr. Alves, Natália está aqui na nossa empresa."

Fabiano levantou a cabeça do notebook. "Ela veio fazer o quê?"

"Cobrar um canalha."

"O quê?"

"Cobrar um canalha", repetiu Vitor, ansioso por ação. "Ela está na área técnica agora, queremos ir assistir?"