Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 538

Fabiano chegou ao departamento técnico.

O local estava um caos.

O namorado de Ângela, chamado Eliseu, que trabalhava no desenvolvimento front-end do departamento técnico, estava discutindo com Natália e se recusava a admitir que havia roubado dinheiro.

"Vocês têm provas? O dinheiro foi emprestado por ela, é claro que deve ser devolvido, o que isso tem a ver comigo?"

Natália retorquiu: "Apropriar-se do dinheiro da conta de outra pessoa e recusar-se a devolver é considerado comportamento de inadimplente, o qual também tem responsabilidade legal."

"Quem você pensa que está assustando? Uma estranha como você, que direito tem de se meter nos nossos assuntos?"

Eliseu não acreditava, o dinheiro que tinha chegado tão facilmente às suas mãos, ele definitivamente não iria devolver tão facilmente.

Era, afinal de contas, um total de cem mil.

Ângela não aguentou mais, avançou e agarrou a camisa de Eliseu, puxando-o com força.

"O dinheiro que eu peguei emprestado já foi transferido para a sua conta, devolva meu dinheiro, você vai me devolver?"

Eliseu, impaciente, afastou-a com um movimento brusco e deu-lhe um tapa.

"Ângela, chega de causar problemas sem motivo, nós já terminamos, eu não te devo nada!"

Ângela, pega de surpresa, caiu desajeitadamente no chão, e sua bochecha imediatamente ficou vermelha devido ao tapa.

Ela ficou atônita, sem conseguir acreditar, sem reagir por um bom tempo.

"Plác!"

O som de um tapa soou novamente.

Natália deu um tapa em Eliseu.

O som ressoou especialmente alto no escritório.

O local imediatamente ficou em alvoroço.

Vitor tentou se aproximar, mas Fabiano o deteve.

Natália balançou a mão, com uma expressão fria e imponente.

"Um homem que bate em mulher é um perdedor, se eu te ver batendo em alguém meu novamente, não será apenas um tapa tão simples assim."

"Eu te dou três horas, até meio-dia, os cem mil devem ser transferidos de volta integralmente, sem faltar um centavo, caso contrário, nos veremos no tribunal com as provas em mãos."

Natália se abaixou, ajudando Ângela a se levantar, que já estava em prantos, mais por tristeza e desespero.

Quando Natália a puxou para se levantar e estava prestes a sair, ela esbarrou em Fabiano e Vitor no corredor.

Parecia que eles já haviam assistido à cena por um tempo.

Vitor até piscou para ela, com um ar de admiração e aprovação.

Este era o ambiente da empresa, com muitas pessoas falando, então Natália agiu como se não os conhecesse muito bem, acenando levemente em saudação.

"Sr. Alves, eu estava lidando com um assunto pessoal, sinto muito por ter afetado o funcionamento normal da empresa. Agora que a situação foi resolvida, já estou de saída, até mais."

Ela saiu com decisão, sem hesitar.

Depois de tantos anos, sua presença se tornou ainda mais imponente.

Fabiano a encarou, seus olhos escuros escondendo um desejo oculto.

Natália passou por ele como se mal se conhecessem.

Só depois dela sair, Fabiano voltou sua atenção para o caos no local, perguntando casualmente:

"O que aconteceu?"

O chefe do departamento técnico, que havia estado observando toda a cena, imediatamente se adiantou para relatar a situação.

"Trata-se do Eliseu, da equipe de desenvolvimento, que pegou emprestado cem mil da ex-namorada e não devolveu. Ela veio cobrar a dívida."

A expressão de Fabiano se tornou mais séria.

Enganar uma estagiária?

Ele nem mesmo olhou para o tal Eliseu, virando-se para o chefe do departamento técnico.

"O salário do Grupo Paz é tão baixo assim?"

Ângela, chorando, concordou com a cabeça. "Eu entendi."

"Não chora mais, enxuga essas lágrimas e vem trabalhar comigo. O amor não é tudo, erga a cabeça, se esforce e dependa de si mesma."

Natália lhe passou um lenço de papel.

Então, ela colocou o cinto de segurança e ligou o carro suavemente.

Elas estavam um pouco distantes da GDSS.

Já que estavam ali, ao lado havia o canteiro de obras do edifício de medicamentos, Natália decidiu levar Ângela até lá para conferir o progresso do projeto.

No topo do edifício do grupo, no escritório do presidente.

Fabiano e Vitor estavam em frente à janela panorâmica, olhando para baixo através de um binóculo.

Vitor, com um tom animado, disse: "Sr. Alves, ela está no LandRover branco que você deu de presente."

Um sorriso se formou nos lábios de Fabiano.

A leve frustração em seu coração desapareceu rapidamente.

Eles continuaram observando por um bom tempo, até que o LandRover desapareceu de vista, abaixo do edifício da empresa. Então, Fabiano finalmente desviou o olhar e voltou para sua mesa.

Vitor começou a relatar a agenda do dia com seriedade, com reuniões e trabalho programados de forma intensa.

No final, Fabiano interveio.

"Deixe um espaço para mim, depois das onze e meia eu preciso sair."

Vitor respondeu: "Mas às onze e meia temos uma reunião importante."

Fabiano insistiu: "Adie-a."

Vitor parecia preocupado: "Mas esse projeto..."

"Se eu sair meia hora mais cedo, esta empresa vai falir?" Fabiano o olhou fixamente, com um claro descontentamento em seus olhos.

Vitor ficou em silêncio.