Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 543

"Quem mandou você correr atrás, agora aguenta."

Vendo que eles estavam prestes a discutir novamente, Natália entrou na hora certa.

"Bom dia a ambos, vim fazer uma visita, estou atrapalhando?"

Patrícia, ao vê-la, iluminou-se e rapidamente passou a tigela para Gabriel, indo ao encontro de Natália.

"Natália, que bom que você veio tão cedo, eu vou contigo para o escritório depois, tá?"

Antes que Natália pudesse responder, Gabriel, que estava logo atrás, interrompeu-as.

"Patrícia, não exagera, não foi combinado que você cuidaria de mim até eu receber alta?"

Patrícia olhou para ele de lado. "Todo animado e ainda fazendo exigências, acho que você não está tão mal assim, não me atrapalhe a ganhar meu dinheiro."

Gabriel, segurando a tigela de mingau, sorriu ironicamente. "Não tem coração, né?"

Patrícia soltou um riso frio, com um tom de sarcasmo. "Afinal, o Dr.Costa é um cirurgião renomado, e tem um monte de enfermeiras nesse hospital que gostam de você. Até teve uma que se ofereceu para cuidar de você agora há pouco. Por que não pede para ela te dar a sopa? Com certeza ela gostaria."

Gabriel arqueou uma sobrancelha. "Isso é ciúmes?"

"Vai catar coquinho."

Quando eles estavam prestes a discutir novamente, Natália puxou o braço de Patrícia.

"Patrícia, seja mais gentil com o paciente, o Dr.Costa também tem seus desafios."

Patrícia se sentiu injustiçada e olhou para ela com olhos suplicantes. "Você não tem ideia do quanto ele é difícil de lidar, não come isso, não come aquilo, os homens quando ficam doentes são um verdadeiro drama."

Natália não pôde evitar rir.

Ela piscou. "Homens às vezes precisam ser mimados."

Patrícia lançou-lhe um olhar. "É assim que você costumava mimar seu ex-marido?"

Natália tinha sua experiência nessa área.

Ela relembrou os momentos passados e então assentiu. "Ele era muito mais difícil de agradar do que o Dr.Costa."

Vendo que Patrícia não estava convencida, Natália a levou até a cabeceira da cama e cumprimentou Gabriel com um sorriso caloroso.

"Dr.Costa, como você está se sentindo?"

Gabriel, ao enfrentar Natália, mostrou-se muito mais cortês. "Melhor, mas por precaução, vou ficar mais dois dias internado, então conto com a sua querida amiga Pati... para continuar cuidando de mim."

Patrícia ficou ao lado, sem palavras.

Natália observou a interação entre eles e sorriu significativamente.

"Isso eu realmente não posso decidir, o Dr.Costa que tem que pedir à Patrícia."

Gabriel sorriu resignado. "Realmente, vocês duas são unha e carne."

Natália sorriu levemente sem dizer uma palavra.

Em questões amorosas, Patrícia tinha suas escolhas, e não cabia a ela interferir muito.

Independentemente de estarem juntos ou não, ela respeitaria e abençoaria.

Adultos têm o direito de escolher sua própria vida amorosa.

Natália ficou um pouco mais e então se levantou para ir embora, pois ainda tinha muito trabalho na empresa, e ela havia feito a visita antes do trabalho.

"Vou te acompanhar até a saída."

Patrícia prontamente se levantou, passou o braço ao redor de Natália e deixou o quarto com ela.

Passando novamente pelo quarto ao lado, Natália não pôde deixar de apontar para Eliseu, que estava deitado lá.

"Esse é o tal namorado da Ângela que estava enganando ela, ontem de manhã estava bem, como que de repente ficou assim?"

Patrícia lançou um olhar casual. "Ele, ouvi dizer que ontem à noite teve as pernas quebradas e foi jogado no rio, ficou lá por meia hora e acabou pegando pneumonia, foi o Valério que o trouxe para cá no meio da noite."

Valério?

Sob o sol, seu rosto ainda parecia pálido, não muito saudável, o que dava à sua aparência bonita e erudita um toque de fragilidade.

Era de partir o coração.

Patrícia aproximou-se da cama e disse: "O mingau está esfriando, você ainda vai tomar?"

Gabriel levantou uma sobrancelha, estendendo a mão branca e nítida com a tigela em direção a ela.

"Me alimente."

"..."

Que afetação.

Por um momento, Patrícia ficou sem palavras, mas acabou cedendo e pegou a tigela, começando a alimentá-lo com a colher.

Não era a primeira vez, Patrícia já tinha prática.

Na última vez que ele sofreu um acidente de carro e quebrou um osso, teve que usar gesso no braço direito. Como era difícil usar a mão esquerda, ela o alimentou por um mês inteiro.

"Abra a boca."

A colher estava prestes a entrar em sua boca.

Clique—

A porta do banheiro se abriu de repente.

"Gabriel, manchei meu vestido, pode me emprestar uma roupa sua para eu vestir..."

Patrícia virou a cabeça, encontrando-se com o olhar da mulher.

Lábios vermelhos, cabelos ondulados, uma beleza sensual.

Sua mão congelou no ar.