Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 551

O ar estava impregnado de um leve cheiro de desinfetante.

Patrícia Soares ficou inquieta com o rosto dele se aproximando de repente, engoliu em seco, e suas longas pestanas piscaram duas vezes.

Então, ela apontou para o pijama hospitalar listrado dele, meio aberto, que deixava entrever um corpo bem torneado, parecendo extremamente atraente.

"Como você espera que eu consiga dormir assim?"

Gabriel Costa ficou ainda mais interessado, encontrando os olhos amendoados dela, com um olhar intenso.

"O que foi, está com medo de eu te seduzir?"

Patrícia corou, empurrou-o com a mão, e por usar muita força, Gabriel bateu as costas na cabeceira da cama, emitindo um som abafado.

"Ai..."

Ele instintivamente levou a mão ao peito, com uma expressão de dor no rosto bonito e educado.

"Tanta força, você está tentando assassinar o próprio marido?"

Patrícia corou ainda mais. "Que marido o quê, não fale besteira, não temos nenhum tipo de relação."

"Se não temos nenhum tipo de relação, por que está tão nervosa comigo? Tem medo de que, se eu morrer, você terá que assumir a responsabilidade, ou tem medo de que, se eu morrer, não terá ninguém para te satisfazer na cama?"

O sentimento de culpa que Patrícia estava começando a sentir desapareceu completamente.

Ainda naquela situação, ele não conseguia esquecer aquelas trivialidades da cama.

Ela olhou para Gabriel com desdém. "Pelo visto, o Dr. Costa está cheio de vida e bem de saúde. Já que é assim, fique na cama e descanse, eu talvez não consiga te satisfazer, mas com certeza essa cama pode!"

Dito isso, Patrícia pegou sua bolsa e caminhou em direção à saída.

Ao abrir a porta, uma enfermeira, ouvindo o barulho, veio correndo.

"Srta. Soares, tudo bem? O que aconteceu com o Sr. Costa?"

Patrícia lançou um olhar frio para Gabriel. "Ele está um pouco febril, provavelmente com febre. Vocês poderiam dar-lhe outra injeção para baixar a febre."

Gabriel "..."

Com um "bang", a porta do quarto se fechou.

Restou apenas o suspiro sombrio dele.

O peixe não mordia a isca.

Nos dias seguintes, Natália Ferreira não dirigiu a palavra a Fabiano Alves.

Os dois entraram em um completo silêncio.

Fabiano, sentado à sua mesa de trabalho, olhava para as mensagens enviadas no celular sem nenhuma resposta, visivelmente aborrecido.

Ele nem sequer tinha vontade de trabalhar.

"Toc toc toc."

A porta do escritório foi batida, Vitor entrou, carregando seu laptop para apresentar um relatório de trabalho.

Após terminar, ele esperou por uma resposta de seu chefe, que não veio.

Vitor não pôde deixar de olhar para ele.

"Vitor, você já brigou com sua namorada?" Fabiano perguntou de repente.

"O quê?"

Vitor ficou confuso por um momento, sem entender.

Fabiano repetiu firmemente: "Vocês já brigaram?"

Entendendo a pergunta, Vitor acenou com a cabeça. "Brigamos, mas geralmente é ela que briga comigo. Eu não ousaria começar uma briga. As meninas ficam difíceis de acalmar quando estão zangadas, só sabem dar gelo, nem abraçar elas deixam..."

Fabiano pensou na reação de Natália nos últimos dias.

Fria, implacável, ignorante.

Exatamente como Vitor descreveu.

Eles nunca tinham brigado antes.

Mesmo que houvesse desentendimentos, ele era quem se irritava, e ela sempre o acalmava com doçura.