Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 565

Natália interrompeu-o diretamente.

"Seja sério, faça direito..."

"Sim, chefe."

"..."

Fabiano estava apenas provocando-a, sem intenção real de agir.

Afinal, ele havia sido muito excessivo no hotel ontem, deixando-a bastante cansada.

Embora aquela droga pudesse ampliar as emoções de uma pessoa, não era suficiente para fazê-lo perder a razão. A atitude dele na noite anterior tinha sido, em certa medida, intencional.

Ele mesmo se sentia culpado ao admitir isso.

Fabiano pensava silenciosamente, com seus movimentos tornando-se mais focados.

Natália, sendo massageada por ele, sentiu-se sonolenta e adormeceu sem perceber.

Não se sabe quanto tempo passou, mas ela sentiu, num estado entre sonho e vigília, que alguém a levantava e a carregava em direção ao quarto.

Ela estava muito sonolenta para abrir os olhos.

Até que seu corpo afundou num colchão macio, e quase por instinto, agarrou o braço do homem, puxando-o para seu abraço.

"Não vá."

Ela murmurou, sem distinguir se era realidade ou sonho.

Fabiano hesitou, seu corpo inteiro enrijeceu por um momento.

Ele ficou parado ali, e depois de um longo tempo, sentiu seu coração no peito começar a bater novamente.

Essa frase, ele não sabia se pertencia a quatro anos atrás ou a quatro anos no futuro.

Fabiano respirou fundo, deitou-se ao lado de Natália, abraçando-a firmemente, com o queixo apoiado no topo da cabeça dela, murmurando uma promessa baixinho.

"Não vou, não vou mais embora."

Naquela noite, dormiram abraçados.

Uma noite sem sonhos.

Ao amanhecer, Natália sentiu-se aquecida, com um peso firme sobre sua cintura.

Ela abriu os olhos e viu-se firmemente envolvida por Fabiano, com seus longos membros entrelaçados nela, como um polvo.

Que curioso.

Era uma rara oportunidade de acordar naturalmente e ainda vê-lo ao seu lado.

Normalmente, quando acordava, um lado da cama estava vazio, ou ele tinha ido tomar banho, ou tinha saído de madrugada.

Hoje foi raro acordar antes dele.

Natália sentiu um calor no coração.

Ela fixou o olhar nos lábios finamente fechados do homem, e, num impulso, tocou-os com os seus.

Foi um toque breve, quase como tocar a superfície da água, antes de se afastar rapidamente.

Natália assentiu, com a voz um pouco triste. "Hoje é o aniversário da minha mãe, meu pai e os outros estão todos lá, eu... vou lá para limpar o túmulo dela."

Na verdade, quando Catarina Farias faleceu, Natália ainda estava hospitalizada.

O pós-parto, somado a um ferimento grave de bala, não lhe deu condições de ir ao funeral.

Depois de um mês, ela teve alta, apressou-se em visitar o túmulo de Catarina e, em seguida, dirigiu-se à Capital, iniciando um período de quatro anos dedicado intensamente à sua carreira.

Nesses anos, ela nunca havia retornado.

Aproveitando esta oportunidade, ela deveria realmente ir visitar.

Fabiano ficou em silêncio por um momento e então disse, "Eu vou com você."

"Hm?"

"Visitar os pais sem mim, não parece certo, não acha?"

Natália soltou uma risada, piscando, e provocou-o de volta.

"Então, o Sr. Alves vai à minha casa em que capacidade desta vez?"

Fabiano saltou da cama, pegando o celular para discar um número, enquanto lançava um olhar para ela.

"Na condição de seu marido."

"Mas nós ainda não nos reconciliamos." Natália o lembrou.

"Você não terá outro marido nesta vida, cedo ou tarde será eu."