Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 566

O som da voz mal tinha terminado quando Vitor do outro lado da linha também atendeu, com uma voz ainda sonolenta e rouca.

"Alô, Sr. Alves, o que foi?"

"Por favor, libere minha agenda hoje, remarque as reuniões para mais tarde, tenho um compromisso, preciso sair da cidade."

Vitor perguntou quase instintivamente, "Sr. Alves, para onde o senhor está indo? Não vai me levar junto?"

"Vou à casa do meu sogro. Pra que te levaria?"

Sogro?

Vitor ficou confuso por um momento.

"Mas o senhor não está divorciado? De onde surgiu um sogro?"

Fabiano, acariciando os longos cabelos de Natália, falou de forma calma e fria, a voz atravessando o telefone.

"Minha memória é muito boa, não preciso que você me lembre várias vezes que estou divorciado."

Vitor "..."

Apesar da distância do celular, ele inexplicavelmente sentiu um arrepio.

Vitor respondeu prontamente, "Sim, Sr. Alves. O senhor precisa levar algum presente para a casa do seu sogro? Eu posso organizar."

"Não precisa, te dou o dia de folga. Apenas mantenha um olho nas pessoas de Severino, para que nada de inesperado aconteça."

Vitor respondeu prontamente, "Ok, Sr. Alves, desejo-lhe uma boa viagem."

Depois de desligar, Vitor sorriu contente.

Jogou o celular de lado e mergulhou de volta na cama.

A garota ao seu lado acordou com o movimento, abrindo os olhos sonolentos para olhá-lo.

"O que foi? Você enlouqueceu?"

Vitor a abraçou feliz, com um sorriso de orelha a orelha.

"Hoje o chefe não está, tenho o dia livre. Vou te levar para comer, beber e nos divertir."

A garota, ainda meio dormindo, disse, "Mas eu tenho que trabalhar."

"Não vai, eu cuido de você. Pra que trabalhar!"

Fabiano teve a honra de ser o motorista, conduzindo o Land Rover branco de Natália rumo ao destino.

Antes de partirem, Bruno apareceu, enchendo o porta-malas com vários pacotes e caixas de presentes.

Disse que era o mínimo de cortesia ao visitar a família da mulher.

Na última vez que se casaram, tudo foi muito complicado e apressado, sem preparativos.

Dessa vez, Fabiano estava levando as coisas mais a sério.

O porta-malas estava cheio, incluindo algumas caixas coloridas de suplementos.

Fabiano olhou para eles por um momento e, em seguida, decisivamente os jogou fora.

Natália, confusa ao lado, perguntou, "Por que está jogando fora? São novos."

Fabiano fechou o porta-malas, com uma voz leve.

"Presentes dos mais jovens, vai saber se não são envenenados."

"..."

A viagem de Cidade Norte até Doce Vale era curta.

Com o rápido desenvolvimento e a inauguração de novas rodovias, o tempo de viagem foi significativamente reduzido.

Tudo era estranho agora, a velha casa que conheceram havia sido consumida pelo tempo e desaparecera sem deixar vestígios.

Lucas tinha ido trabalhar e ainda não havia retornado.

Eunice Castro acabava de buscar as crianças na creche quando de repente se deparou com Natália.

Depois de vários anos, ela parecia muito mais calorosa.

Receberam Natália juntos com Pedro.

"Por favor, sente-se, vou preparar um chá para nós."

Pedro insistiu para que elas se sentassem nos lugares de honra e começou a trazer as melhores frutas e petiscos da casa, colocando-os continuamente diante de Natália.

"Natália, aqui estão os bolinhos em forma de urso e os biscoitos que você mais gostava quando era pequena. Antes, seu irmão que ficava com tudo, mas agora o papai guardou todos para você. Experimente."

Pedro era todo solicitude e calor.

Por um momento, Natália se sentiu deslocada.

Então, chegara o dia em que ela seria tratada com tanto entusiasmo.

Não era porque Catarina havia morrido.

Mas porque ela tinha se dado bem na vida.

A atitude de todos se tornou amigável.

Quando se tem habilidades superiores às dos outros, o mundo inteiro libera bondade para você.

Ela esboçou um leve sorriso, sem tocar em nada do que fora oferecido.

Segurando a mão de Fabiano, ela disse: "Pai, deixe-me apresentar, este é Fabiano, meu noivo."