Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 574

Fabiano desviou o olhar, não querendo falar.

Natália segurou seu rosto, virando-o para ela.

"Fala."

Fabiano hesitou. "O passado, melhor deixar como está."

"Se você não falar, eu volto agora mesmo para o Condomínio Nove Árvores, e você fica aí com o gato."

Após dizer isso, Natália tentou se afastar, mas Fabiano a puxou de volta, envolvendo-a em seus braços.

Ele mordeu levemente o lábio inferior, sua voz baixa e abafada, carregada de uma emoção contida.

"Naquela época... contraí um vírus."

Vírus?

Natália ficou atônita. "Que vírus?"

"Um tipo específico, que causa febre alta incessante, invade os órgãos internos, levando a uma rápida queda na imunidade, até que por fim o sistema imunológico colapsa, e o corpo sucumbe."

O cérebro de Natália parecia explodir.

"Isso foi coisa do Severino?"

Fabiano a abraçou, o aroma único entre eles trazendo uma inexplicável sensação de segurança.

"Já passou, estou bem agora, não estou?"

As lágrimas de Natália começaram a cair incontrolavelmente, molhando a camisa dele.

Ela sabia que Fabiano tinha sido incriminado e preso por Severino, achava que apenas havia perdido tempo, mas não imaginava que isso também tivesse consumido a saúde de Fabiano.

"Por que você nunca me disse?"

Natália levantou os olhos, cheios de lágrimas, para ele.

Se ela soubesse antes, talvez não tivesse assinado aqueles papéis de divórcio.

Se ela soubesse antes, talvez não o tivesse odiado por quatro anos.

Fabiano beijou sua testa, sua voz profundamente afetuosa. "Não era grande coisa, e eu não queria te sobrecarregar. Estou grato que essas coisas aconteceram comigo, Natália, estou grato por você estar segura."

Essa era a razão pela qual ele hesitava em procurá-la por tantos anos.

Ele temia que esses esquemas pudessem ser usados contra Natália.

Contanto que ela estivesse segura, isso era tudo o que importava.

Natália tremia incontrolavelmente, incapaz de parar.

Ela não ousava recordar o que ele havia passado naquele período.

Por um momento, ela quase o perdeu para sempre.

Era isso que Gabriel havia mencionado casualmente: uma leve doença, uma estadia no hospital, quase perdendo a vida.

As lágrimas continuavam a cair.

Fabiano levantou a mão para enxugar suas lágrimas, suspirando levemente. "Eu te contei, não para te fazer chorar assim. Você desse jeito me faz sentir como se eu já estivesse morto."

"Xiu, cale-se."

Natália cobriu a boca dele com a mão, seus dedos ainda tremendo ligeiramente.

"Desculpe." Ela se sentia culpada. "Não deveria ter te odiado."

Natália se encolheu sob o toque dele, as orelhas vermelhas como as de um coelho.

Fabiano sorriu mais amplamente, seu corpo imponente pressionando contra o dela, sua voz rouca soando em seu ouvido.

"Agora você sente?"

Natália permaneceu em silêncio.

"Sem resposta, então continuamos?"

Natália estremeceu, levantando a mão para segurar o pescoço dele, sua voz suavemente trêmula, marcada por uma vergonha invisível.

"Ir para o quarto..."

"Certo."

Ele concordou, mas seus movimentos não cessaram, envolvendo-a ainda mais firmemente.

Natália esperou muito sem vê-lo se mexer, num momento de distração abriu os olhos, lembrando-o "Vamos..."

"Sem pressa, na próxima a gente vai."

Natália ficou com a respiração suspensa, surpresa ao olhá-lo "???"

"Há muitos lugares na casa, estou pensando em você em todos eles, vamos conhecer cada um."

Natália, percebendo tarde demais, reagiu.

Era um plano premeditado.

Ele já tinha feito a limpeza, lavado o sofá, trocado os lençóis, só faltava me convidar para entrar na armadilha!

Esta noite... ele planeja perder completamente a razão.