Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 578

Severino queria fazer uma limpeza interna, atribuindo a culpa a outros, por isso mandou Vanessa ampliar o problema, criando uma oportunidade para se livrar de Virgílio. Isso, por um lado, aumentou os meus problemas, e por outro, usou minha influência para eliminar um adversário, matando dois coelhos com uma cajadada só.

Natália franzia a testa, um pouco confusa.

"Mas Virgílio não era seu braço direito?"

"Na última vez, durante um jantar, eu desabilitei a mão dele, criando um abismo entre eles. Era inevitável que Virgílio chegasse a este ponto."

"Durante um jantar?" Natália se lembrou daquela ocasião em que foi importunada e olhou para Fabiano, "O que você fez com ele?"

Fabiano tossiu levemente. "Nada demais, só ajudei ele a lavar as mãos. Vamos comer."

Natália o observava em silêncio.

Não é à toa que os homens de Severino nunca mais a incomodaram, mesmo a vendo por aí, sempre mantinham distância.

Ela percebeu que ele havia agido nas sombras.

Seu coração amoleceu, e ela se voltou para abraçá-lo.

Fabiano baixou a cabeça e deu um beijo na sua testa. "Seja mais cautelosa nos próximos dias. Severino ainda vai fazer grandes movimentos. Se eu não conseguir cuidar de tudo, você também tem que se proteger."

Natália assentiu, ainda um pouco confusa.

"Severino está fazendo isso, não tem medo de Virgílio ser preso e entregá-lo?"

"Pessoas com pontos fracos só morrem, não falam."

Natália ficou parada por um segundo.

Então, todos têm um ponto fraco.

Tendo um ponto fraco, todos estão sujeitos a serem controlados.

Natália compreendeu o significado de ter um ponto fraco.

E entendeu a situação de Fabiano há quatro anos.

Antes que ela pudesse falar, Fabiano já havia dissipado suas preocupações.

"Não se preocupe, ainda não chegamos ao ponto de depender um do outro dessa forma, e não chegaremos."

Natália mordeu o lábio e o abraçou pela cintura.

"Eu não quero ser seu ponto fraco, quero ser sua armadura."

"Está bem, minha armadura. Vamos comer."

Natália se soltou de seu abraço, não conseguindo conter o riso.

Lá fora, o vento começava a soprar, com fúria e nuvens escuras no céu.

Dentro de casa, o ambiente era acolhedor, com o cheiro da comida se espalhando.

Um gato dormia profundamente no sofá, enquanto a televisão exibia notícias esporádicas. Sob a luz brilhante da sala iluminada, Natália estava agachada no tapete, trocando os curativos de Fabiano.

Graças às instruções verbais de Fabiano, seus movimentos eram eficientes e precisos.

Desinfetando, esterilizando, e envolvendo com gaze, tudo em um único movimento fluido.

"Como estou indo? Minha técnica está boa, não está?"

Natália estava bastante satisfeita com seu próprio desempenho.

Fabiano, segurando a caixa de primeiros socorros com uma mão e puxando-a para perto com a outra, envolveu-a em seus braços.

"Sim, inteligente, ágil, com grande capacidade de aprendizado."

Enquanto falava, segurou a mão dela e a levou para dentro de sua camisa, tocando sua pele quente.

"A noite é longa, que tal se eu te ensinar mais algumas coisas?"

A mão de Natália congelou dentro da camisa, suas orelhas ficando vermelhas.