Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 66

Catarina primeiro ficou sem palavras, depois, triste, nervosa e, por fim, furiosa, com os olhos cheios de raiva, agarrou um travesseiro da cama e o jogou fortemente contra ela.

"Sua despudorada, canalha e suja... vagabunda! O que você tem feito às minhas costas, hein? É assim que você se destrói, como poderá se casar depois, se sujando dessa maneira?”

Natália sorria friamente, seus olhos estavam cheios de desprezo e revanche.

"Então, você acertou, ninguém vai desejar se casar com uma sujeira assim, entendeu?"

"Agora, não valho mais nada, nem por quinhentos mil, vocês que se virem."

Sentada na cama do hospital, ainda sentindo-se furiosa, Catarina fechou os olhos por um longo tempo.

Ela não conseguia acreditar que Natália ousara quebrar o pote apenas por estar rachado. No campo, uma mulher que já tivesse tido um romance não valia nada, quanto mais uma que não era mais virgem!

Agora, para lhe arranjar um casamento, só poderiam escolher homens desajeitados ou divorciados!

Um bom partido totalmente arruinado!

Catarina sentiu que seu sangue estava fervendo, agarrou tudo que estava perto dela para lançar contra Natália, xingando-a com todas as palavras torpes que podia imaginar.

Natália ficou imóvel como uma boneca de madeira, parada, enquanto Catarina a agredia ferozmente, uma porção de objetos caindo sobre ela, causando-lhe dor e inchaço, sua cabeça doía.

Natália manteve-se firme, provocadora de cima a baixo.

Catarina finalmente se cansou, , e sob a interferência de Lucas, parou.

Lucas se abaixou perto de seu ouvido e disse baixinho: "Mãe, não fique tão nervosa, afinal de contas ela já está arruinada, seu futuro casamento certamente está arruinado, essas marcas nela são uma vergonha, ela com certeza não conseguirá arranjar outro pretendente em breve, é melhor pegarmos o dinheiro e lhe dar a Certidão de Registro de Domicílio logo."

Catarina respirava fundo com fúria, e ela olhou para Natália com olhos furiosos antes de falar através de dentes cerrados.

"Dê-lhe a Certidão de Registro de Domicílio para que ela vá embora daqui!”

Lucas, sendo obediente, tirou um pequeno livro de capa vermelha do bolso interno de sua roupa e arrancou a página de Natália, jogando-a na direção dela.

A folha de papel flutuou no ar, se juntando a um monte de notas espalhadas.

Quando Catarina batia nela, não dava alívio; a testa e o braço de Natália haviam sido cortados por algo, e agora estavam doendo um pouco. Ela encostou e só então percebeu o sangue em suas mãos.

Ela certamente não tinha condições de ir trabalhar ou cuidar de seus ferimentos, e quando estava a ponto de ir para casa, uma figura alta e imponente chocou-se com ela de frente.

Natália, levantando a cabeça, notou a silhueta familiar do homem.

Ele estava vestindo um longo jaleco branco que salientava ainda mais sua estatura alta e magra, com uma máscara cirúrgica cobrindo metade do rosto, revelava olhos escuros e profundos.

Mesmo somente olhando para aqueles olhos, ela o reconheceu instantaneamente.

O olhar de Fabiano a avaliou, um olhar tranquilo que não demonstrava seus sentimentos, mas as palavras que ele havia dito expressavam um pouco de gracejo e ironia.

"Senhorita Ferreira, nesta situação lamentável em que você se encontra, está muito pior do que quando estava comigo.”

"Possuindo você algumas vezes, não te deixei tão mal. Tenho a impressão de que, afinal de contas, os dias ao meu lado são melhores."

Natália ficou em silêncio.