Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 7

Natália saiu do Bairro Magnético e, sozinha, pegou o metrô para retornar ao alojamento.

Suas colegas de quarto não estavam lá pois todas estavam em aula, então ela entrou no banheiro para tomar um banho, e notou as marcas que cobriam seu corpo, vermelhas e roxas, que pareciam bastante chocantes.

O homem da noite anterior não tinha sido nem um pouco gentil, tinha sido quase indiferente e repentino.

Ela ficou se esfregando por um bom tempo, cuidadosamente, e depois, colocando seu pijama, saiu do banheiro e se deitou na cama, soltando um longo suspiro de alívio.

O ambiente e os aromas familiares que estavam ao seu redor a faziam se sentir um pouco mais calma.

Natália pegou o celular e notou que Fabiano ainda não tinha transferido o dinheiro.

Ela notou que a caixa de diálogo estava vazia, digitou algumas linhas, seu rosto corou um pouco e, depois de vacilar, apagou tudo.

Melhor esperar mais um pouco.

Cobrar esse tipo de coisa era algo que ela se sentia desconfortável em fazer.

...

Fabiano tinha uma cirurgia agendada para cedo e depois de várias horas ocupado, acabou esquecendo-se de fazer a transferência.

Somente às três da tarde, quando saiu da sala de operações, ele olhou para o relógio e, notando algumas marcas leves em seu braço, foi que se lembrou que tinha esquecido.

Abrindo o WhatsApp, encontrou rapidamente a conta de Natália, cujo avatar era uma imagem de desenho animado em tons escuros, mostrando uma menina de chapéu preto.

A caixa de diálogo entre os dois estava totalmente vazia, sem nenhuma mensagem.

Aquela mulher precisava tanto do dinheiro, mas ele não havia transferido ainda, e ela também não tomava a iniciativa de pedir.

Fabiano sorriu sarcasticamente, digitou uma sequência de números, mas, ao inserir a senha, pensou melhor e desistiu de fazer.

Ele queria ver até quando ela consegue manter essa fachada.

Voltando ao escritório, ele começou a atender pacientes sem pausa, pois o médico da gastroenterologia havia tirado folga, e Fabiano trocando de roupa, saiu para cobrir o plantão.

Já quase no final do expediente, havia poucos pacientes, apenas alguns separados

"Tok, tok."

De repente ouviu-se algumas batidas educadas na porta.

"Entre." Fabiano respondeu sem olhar para cima.

A porta do consultório se abriu e entrou alguém com passos lentos e suaves.

"O que está sentindo?" indagou Fabiano, ainda com os olhos no prontuário.

"Doutor, estou com dor na parte baixa da barriga."

Essa voz... macia e familiar.

Fabiano, levantando os olhos, encontrou o rosto de Natália.

Natália, que também o viu, parecia meio surpresa e logo ficou corada, até as pontas de suas orelhas instantaneamente ganharam um tom vermelho.

Era ele?

Então ele era médico.

Ela rapidamente abaixou a cabeça, encabulada e sem saber como agir.

Fabiano, por outro lado, olhou para ela com indiferença, como se nunca a tivesse visto, e perguntou: "Como é a dor?"

Natália sentou-se, com a cabeça baixa e gaguejando: "É uma dor aguda que vai aumentando, dói para andar e para sentar."