Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 8

Fabiano levantou as sobrancelhas, pegou o celular e abriu a conta dela.

"De quanto dinheiro você precisa?" ele perguntou, inclinando a cabeça em sua direção.

Quanto dinheiro?

Era a primeira vez que ela fazia algo dessa maneira, e não estava muito familiarizada com os preços de mercado, mas sabia que a cirurgia de seu pai iria custar uma fortuna.

Natália começou a gaguejar, sem saber quanto seria adequado pedir.

Fabiano percebeu sua hesitação, seus dedos longos digitaram algumas palavras no teclado e, após alguns instantes, ele leu as informações da pesquisa em voz alta.

"De acordo com o preço de mercado dos óvulos, o preço médio é de 20.000 para uma pessoa média, 50.000 para um estudante universitário e 100.000 para uma conhecida instituição de ensino superior."

Ele, olhando para ela, perguntou "De quanto você precisa, cinquenta mil ou cem mil?"

Natália não imaginava que ele soubesse disso também.

O preço que ele havia mencionado era muito mais alto do que os valores que ela tinha visto nos anúncios do banheiro da universidade, e ela se sentia perdida.

Ela abaixou a cabeça e murmurou, "Cinquenta mil."

Fabiano iluminou a tela do celular, tocando com a ponta dos dedos, transferiu o valor.

O som da transferência "bip" soou, e Natália, como que por reflexo, olhou para a tela, ficando sem saber o que dizer ao ver o valor do recebimento.

Cem mil.

Ele havia transferido o dobro.

Natália ficou olhando surpresa para o homem, receosa por sua generosidade. Ela não tinha doado óvulos, e nem estava sendo sustentada por ele, mas mesmo assim sentia que ele havia dado demais.

Fabiano guardou o celular e olhou para ela, que estava paralisada como uma estátua.

"Você não vai embora?"

Ele intencionalmente deixou a metade para ajudá-la nos estudos.

Para uma estudante universitária, esse dinheiro seria suficiente para cobrir suas despesas por um bom tempo, sem ter que vender óvulos de maneira tola novamente.

Natália, voltando à realidade, aceitou o pagamento e mordeu o lábio.

"Obrigada." Ela agradeceu baixinho.

O homem olhou para a tela do computador, sem demonstrar nenhuma emoção, sua voz era indiferente e fria.

"Próximo."

Natália segurou a prescrição médica e foi embora.

Quando já estava saindo, ela encontrou Gabriel Costa entrando. Gabriel Costa bateu o olho na prescrição médica que ela segurava, seu olhar carregava um interesse intrigante.

Natália, concentrada em obter os medicamentos, saiu ligeiramente.

No consultório, Gabriel Costa entrou, com um tom de voz um tanto interesseiro.

"Gastroenterologia, desde quando prescreve medicamentos ginecológicos?"

Fabiano levantou a cabeça e o encarou por um instante.

"Não se meta onde não é chamado."

Gabriel Costa foi se aproximando da mesa, examinando-o com um olhar astuto, notando as leves marcas de arranhões vermelhos no antebraço do homem, que estavam à mostra sob a manga arregaçada da camisa.

Depois de pensar um pouco, decidiu transferir metade primeiro, caso precisasse de mais depois, poderia transferir o restante.

Sua mãe rapidamente recebeu a mensagem, mas não respondeu nenhuma palavra, e era possível sentir, através da tela, o desprezo e a impaciência do outro lado da linha.

Natália esperou por um longo tempo e enviou uma mensagem ao irmão pelo WhatsApp.

"Quando terminar a cirurgia do papai, por favor, me avise sobre o resultado."

Ela recebeu somente um emoji de "ok".

Natália pegou os medicamentos e pegou o ônibus para retornar para a escola.

Quando ela estava bem em frente ao dormitório, uma silhueta bloqueou sua passagem, e uma voz masculina indiferente a chamou.

"Natália, espere aí.”

Espontaneamente, Natália deu dois passos para trás, mantendo uma distância cuidadosa de um metro do homem que estava à sua frente.

O homem que estava diante dela era João Silva, um estudante do último ano do curso de Finanças na universidade ao lado, e falava-se que sua família era muito rica, um típico "filhinho de papai rico", com um estilo de vida excêntrico e selvagem, e que frequentemente trocava de namoradas.

Ultimamente, ele a vinha incomodando.

"Você, você está me procurando?" Natália escondeu a bolsa de remédios atrás de si, observando-o com cuidado.

João tinha os olhos fixos no rosto inocente e puro de Natália, sentindo uma coceira interna, querendo ardentemente conquistá-la e levá-la para um hotel para se satisfazer sem limites.

Essa pureza intocada era uma espécie de troféu para ele.

Ele deu um passo à frente, seu rosto bonito ia se aproximando do dela, "Ouvi dizer por aí que você foi vender óvulos?"