Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 757

"Tossindo..."

A tosse de Noémia ficou mais forte.

As pessoas à mesa ficaram surpresas, não esperavam que ele admitisse tão abertamente.

Parecia que ele não veio para cortejar, mas sim para pedir a mão.

Contudo, o Prof. Costa permanecia calmo, continuando a comer tranquilamente.

Hugo, de maneira casual, pegou um lenço de papel e passou para Noémia, sem desviar o olhar para Elsa, deixando clara sua intenção.

"Senhora professora, entre adultos, prefiro ser direto. Eu gosto da Noémia e quero conquistá-la. Já declarei meus sentimentos a ela anteriormente e hoje estou aqui, principalmente, para preparar o senhor e a senhora mentalmente."

Ele disse seriamente: "Vou começar a cortejá-la, por favor, peço a vossa compreensão."

Silêncio.

Um silêncio tomou conta da mesa.

Patrícia parou de tomar sua sopa, chegando a duvidar de seus próprios ouvidos.

Isso foi tão repentino, amor à primeira vista?

Os sentimentos dos homens surgem tão rapidamente?

Ela olhou para Hugo com suspeita, observando-o cuidadosamente. O homem, no entanto, permanecia aberto, tranquilo e resoluto.

Sua posição era evidente, ele nem mesmo se dava ao trabalho de disfarçar.

Depois de um bom tempo, Elsa finalmente reagiu, seus olhos brilhavam de satisfação, mas seu rosto permanecia sério e discreto.

"Há muitos que desejam conquistar a nossa Noémia. Teremos que ver a escolha dela. Eu e seu professor somos muito democráticos, mas como vocês têm idades semelhantes, poderiam se conhecer melhor."

Elsa mudou de assunto, perguntando a Hugo: "Você planeja se estabelecer na Cidade Norte, haverá alguém para ajudar com as crianças?"

Hugo: "?"

Elsa: "Seu professor e eu estamos aposentados, temos bastante tempo. Passamos a vida ensinando e educando, temos muita experiência nessa área."

Noémia não aguentou mais.

Ela colocou os talheres de lado, levantou-se de súbito: "Eu já terminei de comer, fiquem à vontade."

Dito isso, virou-se para sair, mas no meio do caminho, voltou-se para Hugo.

"Você, pare de comer e venha comigo."

Hugo ficou atônito por dois segundos, depois obedientemente se levantou, cumprimentando todos à mesa.

No entanto, suas palavras foram assertivas.

"Noémia, você tem muitos admiradores, de todos os setores e tipos, a concorrência é grande, eu só tinha que destacar minhas vantagens, dar-me uma chance."

"Que chance?"

Noémia tinha um pressentimento ruim.

Hugo deixou no ar: "Você saberá em alguns dias."

Esse homem... tinha todos os hábitos de um comerciante.

Pensava que estava negociando? Ainda tinha que esperar alguns dias para divulgar!

Ela o encarou friamente, sem rodeios: "Não importa que tipo de chance você pense que tem, eu devo te avisar antecipadamente, não estou interessada em você, muito menos em namoro. Sua perseguição é inútil, melhor você encontrar outra pessoa para gostar."

Hugo permaneceu emocionalmente estável, começando a sorrir.

"Sem problemas, você rejeita, eu persigo, não interfere."

"Você..."

"Eu decidi perseguir."