Desejo Pecaminoso romance Capítulo 23

Epílogo

Adele

1 Semana depois.

Amanhã será a nossa formatura, estou com a Luna e o Guilherme no shopping, já faz um tempo que estamos procurando algo para a festa, que acontecerá logo após da formatura.

— Vamos, Gui, trate logo de escolher algo — Luna diz, já estamos cansadas de olhar para as lojas, Guilherme entra no provador e nunca gosta do que escolheu.

— Oh, céus! Eu não tenho culpa, meninas... Estou ficando sem opção. É melhor irmos para outra loja, aqui já deu o que tinha que dar.

Já havia escolhido o meu vestido e um salto para completar o look. O único que estava dando trabalho era Guilherme, então mais uma vez saímos de uma loja para entrar em outra. Depois de muito nervosismo, ele finalmente escolhe algo, em seguida comemos um lanche rápido para enfim irmos embora.

***

Jones Marshall

Caminho até o outro lado do meu escritório, pego um copo de vidro e despejo uma quantidade boa de whisky. Depois, volto para a minha mesa e começo a assinar alguns documentos.

Quando estou guardando os papéis dentro de pastas separadas, meu celular toca. Olho para ver quem é, vejo que é o detetive.

— Detetive?

— Sr. Marshall tenho novidades do caso, acho que vai gostar.

— Então fale, homem! — digo ansioso para saber os detalhes da investigação, sobre o acidente que por pouco não matou meu maior tesouro e meu irmão.

— Consegui o paradeiro do homem que dirigia o caminhão, em uma das câmeras de monitoramento próximo ao local localizei a placa do caminhão, porém, o veículo foi para um desmanche. Contudo, com muito sacrifício identifiquei o indivíduo.

— Você já falou com o desgraçado?

— Não, resolvi ligar primeiro para notificá-lo antes de qualquer coisa, o senhor deseja ir comigo até o local onde ele se encontra?

— Sim, quero olhar na cara do desgraçado antes de ele ser preso. Quero ouvir da boca dele quem está por trás dessa merda.

— Tudo bem, vamos estar preparados. Pensei que o senhor poderia oferecer dinheiro caso ele não queira falar a verdade, aí estaremos gravando toda a conversa para quando ele confessar o crime. Assim levamos as provas e a confissão dele para o delegado.

Encerro a ligação, pego meu paletó e saio de casa logo em seguida, Will me acompanha. Ligo para alguns seguranças caso precise.

***

Quando chegamos, ficamos em ponto um pouco distante do local onde o cara está, os seguranças estão afastados qualquer movimentação suspeita, eles estarão preparados.

— Vamos, Sr. Marshall? — O detetive pergunta me olhando com atenção, meu coração palpita feito louco. Estou ansioso para saber da verdade, porém, tenho certeza que não será nada fácil arrancá-la do desgraçado.

— Sim, vamos.

Entramos em um beco, vejo algumas crianças sujas brincando, enquanto correm. Algumas pessoas nos olham, talvez tentando imaginar o que estamos fazendo em um lugar como este. Olho para meus pés, o sapato que estou usando está sujo de lama.

Assim que chegamos em frente à porta de madeira bastante desgastada, me adianto em bater. O suor escorre pela minha testa, louco para ver o rosto do culpado e enfim colocar todos na cadeia.

Quando a porta é aberta um homem de meia-idade, aparece no meu campo de visão. Antes que eu possa dizer algo, o detetive diz:

— Como vai senhor.... — O homem nos olha desconfiado, o medo está estampado em suas feições.

— Marcos — ele diz o nome, com a voz um pouco vacilante.

— Bom, temos algo do seu interesse, nos deixe entrar?

— Não sei o que os senhores poderiam ter que seja do meu interesse, então...

— Acredito que dinheiro seja sempre interessante, Sr. Marcos — reitero me segurando para passar por cima dele e finalmente entrar na droga da casa. Ele nos olha relutante, mas nos dá passagem em seguida.

O detetive abre uma pasta mostrando algumas fotos do acidente, inclusive do caminhão.

— Reconhece esse veículo, Sr. Marcos?

— Não, e também não sei o motivo para os senhores me mostrarem tudo isso. — O detetive explica para o homem o que descobrimos, inclusive a placa do caminhão e o possível desmanche.

A todo momento presto atenção no modo como a sua respiração fica pesada, o jeito que ele esfrega as mãos uma na outra, enquanto o detetive fala. As suas pernas balançam freneticamente, talvez em uma tentativa de parecer mais descontraído. Já estou cansado dessa ladainha, não estou com paciência.

— Vamos acabar com essa conversa sem sentido, vamos pular para a parte que você fala quem o contratou para fazer essa merda, que por pouco não matou minha garota e meu irmão. — Pego a maleta que eu estava segurando e a abro. — Vamos diga, e esse dinheiro será seu. Tenho certeza que isso aqui é muito mais do que a pessoa lhe pagou, para simular aquele fracassado acidente.

— Eu não quero mais problemas...

— Então você está confessando que tem participação no acidente? — o detetive pergunta.

— Não... — Ele para por um momento, antes de continuar. — Se eu falar a verdade serei poupado?

— Faremos o possível, não se preocupe. Precisamos apenas de um nome.

— Há um tempo, uma madame de cabelos ruivos e magra veio me procurar. O seu nome ela não quis revelar. — Imediatamente pego meu celular no bolso, seleciono uma foto de Louise, em seguida mostro a fotografia. — Sim, de fato foi essa mulher que veio me procurar para contratar o serviço.

Tudo que mais queria ouvir, saímos da casa e seguimos para a delegacia a fim de entregar as provas e confissões. Depois de resolver todas as burocracias, consegui fazer o que a própria polícia não conseguiu, se eu não tivesse minhas próprias suspeitas e um ótimo detetive, esses idiotas não teriam chegado até Louise.

Um mandado de prisão já foi pedido, em breve Louise será presa e julgada. Quando consigo finalmente sair da delegacia já é muito tarde.

***

Adele Miller

Quando chego em casa não encontro Jones, vou até à cozinha na procura de Maria. Na porta da geladeira tem um aviso, a senhorinha precisou sair para ir até o mercado. Subo para o meu quarto, preciso de um banho.

Ligo a torneira, deixo a banheira enchendo, enquanto isso vou tirando as minhas roupas. Meus pés estão me matando aos poucos, resultado de passar o dia andando com Guilherme e Luna. Faço um coque nos meus cabelos, depois entro na banheira.

Os pelos do meu corpo se arrepiam com o contato da água fria cobrindo eles. Fecho os meus olhos enquanto balanço as minhas penas. De repente tudo acontece rapidamente, quando dou por mim, estou submersa, sendo afogada em minha própria casa.

Fico desesperada pressentindo a minha morte, rapidamente abro os meus olhos encarando o rosto distorcido devido à água, é Louise! Meu coração palpita desesperadamente, meu corpo chacoalha na tentativa de elevá-lo, mas não consigo.

Meu Deus esse será o meu fim, eu sinto isso. Mas o que eu fiz de errado? Amar Jones foi a melhor coisa que já me aconteceu, foi algo inesperado, porém, não um erro. Agora estou sendo julgada por alguém que não o merecia, essa mulher nunca o amou... não de verdade! Quando estou bem próxima de perder a consciência, paro de lutar, mas consigo ver Louise sendo puxada para longe de mim, assim consigo voltar para a superfície.

Começo a tossir sentindo os meus pulmões queimarem e a minha cabeça lateja. Jones grita com Louise enquanto a mesma se debate em seus braços, vejo quando Tio Théo entra pela porta. Não consigo me concentrar na conversa, pois todos estão agitados.

Arrasto-me para fora da banheira, sento no chão frio de mármore, logo em seguida Jones vem até mim.

Epílogo - Fim 1

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