Resumo de Capítulo 18 – Desejo Pecaminoso por Cristina Rocha
Em Capítulo 18, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Desejo Pecaminoso, escrito por Cristina Rocha, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Desejo Pecaminoso.
Cap. 18
Jones Marshall
Quando vi Adele passar por aquelas portas, meu coração pulou dentro do peito. Estava morrendo de saudade, já não aguentava mais ficar longe dela. Fiquei observando ela a todo instante, sem desviar o olhar por um segundo. Quando o irresponsável do Théo a deixou sozinha, notei os olhares dos homens ao seu redor, devorando-a com o olhar.
Essa pequena mulher tem o poder de mexer com a minha estrutura. Adele é minha e de mais ninguém. Não vou permitir que outro tome o meu lugar na sua vida. Vou lutar pelo seu amor, nem que tenha que tirar algumas peças do tabuleiro.
Quando o seu olhar se fixou no meu, vi confusão neles, mas também vi a sua excitação. Desci imediatamente, não estava mais conseguindo controlar a minha ansiedade. Tive a oportunidade de explicar tudo que tinha acontecido, para ter mudado de decisão tão rapidamente já que havia prometido ao meu anjo que ficaríamos juntos depois da viagem. E isso em breve vai acontecer, é só uma questão de tempo.
Termino de beber o último gole de whisky, quando estou pronto para sair da casa noturna, meu celular toca no bolso da calça.
— Olá, Dr. Xavier, como vai? — Xavier, é o médico da família. Sempre que tenho tempo, vou ao seu hospital fazer realizar exames que costumo fazer todos os anos.
— Olá, Sr. Marshall, estou bem!
— Qual o motivo da ligação, doutor?
— Jones, estou ligando devido à entrada do seu irmão aqui no hospital, ao lado de... — Ele faz uma pausa. — Adele Miller Marshall, a sua filha, Jones. Os dois sofreram um acidente de carro. Preciso que o senhor esteja aqui o mais rápido possível.
Sinto um aperto no peito e a falta de ar, me sinto desorientado por um instante. O desespero e o medo se apoderam de mim. Em um estalo, volto para a realidade, saio rapidamente da boate e sigo em direção ao hospital.
— Estou a caminho, doutor.
Chego ao hospital, transtornado, por pouco no caminho não causei outro acidente. Na recepção procuro pelo doutor, que não demora muito para vir em minha direção assim que me vê no corredor.
— Doutor, como eles estão? Não quero que me esconda nada. — Devido ao meu desespero e angústia atrás de informações, minha voz sai estrondosa.
— Fique calmo... vamos por partes. — Calmo é a última coisa que estou nesse momento, porém, não irei interrompê-lo. — Vou começar falando sobre o estado do seu irmão. Théo quebrou duas costelas ambas ao lado esquerdo, tinha cacos de vidro perfurando seu abdômen, mas os cortes não são profundos. Ele está na sala de cirurgia agora, por ora seu estado está estável, sem maiores riscos. Já a moça...
— O que tem ela? Vamos diga! — O nível de preocupação que estou agora, está me deixando louco.
— Sua filha perdeu muito sangue devido a um corte que sofreu na cabeça, por esse motivo precisa urgentemente fazer uma transfusão. Porém, o tipo sanguíneo de Adele é bastante raro. Olhamos no banco de sangue e nenhum é compatível com o dela.
— Como assim não tem no banco de sangue? O que devemos fazer agora, doutor? Me explique que tipo de sangue é esse. — Isso só pode ser um terrível pesadelo.
— O tipo sanguíneo de Adele, é RH nulo, conhecido também como sangue dourado! isso significa que o seu tipo de sangue não possui antígenos como o restante dos outros tipos sanguíneos, seus glóbulos vermelhos não têm antígenos A, B, nem RHD. — Ouço tudo atentamente, tentando entender cada palavra que o doutor diz, mas a todo momento só consigo pensar na mulher que conseguiu revirar meu mundo de ponta cabeça. — Sugiro, que você mande chamar a mãe de Adele, já que você tem bolsas de sangue aqui, e, infelizmente, seu tipo sanguíneo não é compatível com o dela, Jones. E esse sangue é adquirido de maneira hereditária, ou seja, pai e mãe são portadores dessa mutação, e como o seu não é compatível a nossa última opção é a mãe de Adele.
O médico sai me deixando em um vendaval de frustração. Preciso avisar Jenna, rapidamente tiro o celular do bolso e ligo para ela. Em poucas horas ela estará aqui, mandarei o jatinho para buscá-la.
Depois de horas andando de um lado para outro, uma enfermeira se aproxima. A mulher de meia-idade mantém um pequeno sorriso no rosto, ela fica à minha frente e diz:
— Sr. Marshall? — Aceno para ela. — Vim informá-lo que seu irmão já saiu da sala de cirurgia. Tudo ocorreu bem. — Pelo menos uma notícia boa, Théo é o meu irmão mais novo, independentemente de qualquer coisa, ele é o que sobrou da família. O amo muito e não aguentaria perdê-lo.
— Quando poderei vê-lo?
— Assim que ele acordar, chamarei o senhor — ela informa e depois se retira.
Enquanto espero Jenna chegar, ligo para o meu detetive particular. Quero que ele apure todos os detalhes desse acidente, preciso saber o que motivou esse desastre. Talvez Théo tenha sido o culpado, e se for esse o caso ele pode ter ferido mais alguém.
Depois que expliquei tudo para o detetive, ele informou que irá até o local do acidente. Enquanto isso vou até à cantina do hospital, preciso tomar um café extraforte só assim para acalmar um pouco os meus nervos. Após alguns minutos, termino meu café e volto para a sala de espera.
Quando já está amanhecendo, vejo Jenna passar pela porta principal. Levanto-me ansioso para levá-la até à sala de transfusão, e assim verei o meu anjo bem. Jenna caminha em passos decididos, de repente sinto o meu rosto queimar com o grande tapa que ela desferiu em meu rosto. Incrédulo passo minha mão no local, tentando reprimir o ardor.
— Seu irresponsável, minha filha está em uma cama de hospital por sua culpa. Como foi permitir que ela saísse para uma boate? Se ela estivesse em casa, nada disso teria acontecido. Pensei que pudesse confiar em você, mas vejo que não!
Se Jenna imaginasse o que anda acontecendo, eu não levaria somente um tapa. De qualquer modo ela não sabe os reais motivos para Adele ter ido parar em uma boate. Quando estou prestes a dizer algo, o Dr. Xavier nos interrompe.
— Creio que a senhora seja a mãe de Adele. — Jenna responde que sim, dando um aperto amigável no médico. — Preciso que a senhora me acompanhe até à sala de exames, o caso de Adele é bastante grave, não temos tempo a perder.
O doutor sai caminhando e Jenna o segue logo atrás. Sento-me em uma das cadeiras, rezando baixinho para que tudo dê certo. Um tempo depois Jenna volta da sala, mas a sua expressão não me agrada.
— O que aconteceu, por que está com essa cara? — Ela me olha por um momento antes de responder.
— Meu sangue deu negativo. Ele não é compatível com o de Adele. — Ela solta um suspiro, chorando logo em seguida me deixando apreensivo.
— Como assim, seu sangue não é compatível? O Dr. Xavier explicou que a genética está nos pais, e se eu e nem você é, então.... o que deu errado? — Seu choro se intensifica, ela se senta e eu faço o mesmo sem saber o que fazer.
— Não sou a mãe verdadeira de Adele, sou a tia dela. — A encaro sem acreditar no que estou ouvindo.
Quando suas palavras penetram minha mente, é como se levasse um soco no peito. Estou confuso, lembro bem quando fiz um teste de DNA comprovando que eu era o pai da criança. Em um fio de voz, sentindo minha garganta seca pergunto:
— Então... onde está a mãe de Adele? — Jenna, passa a mão no rosto chorando ainda mais.
— Esse é o problema... A mãe de Adele, é minha irmã que está morta há muito tempo.
Estou me sentindo como se estivesse em meio a teias de aranha, já não consigo entender nada do que Jenna está dizendo.
— Nem me lembre... como está Adele? — Vejo a preocupação no seu olhar. Adianto-me em contar a história desde o início.
— Puta merda! Então você não é o verdadeiro pai de Adele? E a sua filha está morta, assim como os pais de Adele? — Assinto. — É maninho... eu posso ter sofrido um acidente, mas não queria estar na sua pele.
— Mandei um detetive para o local do acidente. Rick me disse que foi proposital — informo.
— Faz sentido. Fiz o possível para o cara do caminhão ouvir a buzina, mas ele não parecia se importar e continuava vindo em nossa direção. Se eu não tivesse desviado a tempo, provavelmente não estaria aqui.
Continuamos conversando por um tempo até que a enfermeira voltou, alegando que Théo precisava descansar. Como Jenna iria demorar mais um pouco, chamo um táxi, preciso ir para casa tomar um banho.
Entro em casa passando diretamente para o quarto, Louise está sentada na poltrona segurando uma caixa nas mãos. Assim que me vê, vem em minha direção, esticando a caixa para mim.
— O que significa isso? — pergunto sem pegar a caixa.
— Quero que você abra. — A contragosto pego a caixa e a abro. Essa desgraçada só pode estar louca.
— Que porra é essa?
— Não seja grosso, você sabe muito bem, amor. Vamos ser papais. — Coloco minha mão ao redor do seu pescoço, levando-a até a parede do quarto.
— Sua vagabunda! Se for mais uma de suas chantagens, prometo que matarei você. — Vejo seu rosto ficando vermelho.
— Não é chantagem, estou grávida. Se quiser, faço o exame de sangue e quando a criança nascer faça um exame de DNA.
— Não seja idiota, mas é claro que irei fazer, principalmente com alguém de minha confiança — brado e a solto.
Vou para o banheiro tomo meu banho, quando termino me arrumo e saio de casa novamente. Chego ao hospital, após algumas horas, Jenna volta com as bolsas de sangue.
Na sala de espera caminho de um lado para o outro, pensando em como Adele irá reagir quando contar que Louise está grávida. Tenho medo da sua reação, porém, não vou enganá-la direi a verdade. Olho para a cadeira onde Jenna está dormindo, seu semblante está cansado.
Seus cabelos estão um pouco bagunçados e sua roupa amarrotada. Desvio meu olhar para a janela de vidro, está anoitecendo. Só paro de olhar para a vista quando Dr. Xavier chama a minha a atenção, fazendo Jenna despertar.
— Como foi doutor, minha filha está bem? — Jenna questiona, antes que eu faça a mesma pergunta.
— A transfusão foi um sucesso, agora vamos esperar Adele se recuperar. — O doutor comunica para a nossa felicidade.
Jenna me abraça chorando emocionada, uma notícia boa no meio de tantas ruins.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Pecaminoso
Amei!! Já quero o segundo livro Desejo ardente 🙂...
Amando d+++++...