Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1165

Felix, conhecido por sua arrogância, nunca tinha experimentado ser fisicamente disciplinado por um adulto. As lágrimas se formaram em seus olhos enquanto ele gritava, surpreso: “Ah, ela me bateu, mãe! Ela me bateu!”

Quésia, longe de ter terminado, deu mais alguns tapas bem dados. Miranda estava à parte, com o coração partido. Sabia que, se se metesse para defender o filho, a situação só pioraria. Por enquanto, era uma questão menor, mas, se interviesse, facilmente tomaria proporções maiores.

Depois de ser espancado até as lágrimas, Felix entendeu a dura realidade de que o mundo não girava ao seu redor. Pela primeira vez, compreendeu que havia pessoas muito mais fortes que ele, pessoas que até seus pais temiam.

Ele não era invencível, e eles também não eram.

Quando Cecilia voltou para casa, ouviu os empregados fofocando sobre Felix. Aparentemente, ele havia levado uma reprimenda pesada, reduzido a chorar e pedir desculpas a Diego entre soluços.

Dizia-se que até Niel havia voltado correndo ao saber que Felix tinha agredido o neto da família Jamieson. No entanto, nem uma palavra de defesa por Felix saiu de sua boca.

A situação deixou Cecilia pensativa. Percebeu que, no grande esquema das coisas, poder e influência valiam mais que qualquer outra coisa.

Se eu fosse tão poderosa quanto Quésia, ninguém ousaria mexer com Eduardo ou Jonathan.

Mais tarde, quando Elena retornou, não pôde deixar de admirar a postura de Quésia. “Quésia sabe mesmo como lidar com as coisas. Ela tratou Felix com dureza. No futuro, precisamos garantir que Eduardo não entre em conflito com Diego”, comentou Elena, a voz cheia de respeito.

Cecilia concordou com um aceno, curiosa sobre como Quésia havia alcançado uma posição tão formidável. “Entendi”, respondeu, seus pensamentos vagando.

Logo depois, um médico chegou para examinar Diego. Felizmente, além de alguns ferimentos superficiais, não foi encontrado nada sério. Tanto Cassiana quanto Quésia soltaram um suspiro coletivo de alívio.

“Que alívio. Diego, se alguém te bater de novo, me avise na hora”, disse Quésia, com a voz carregada de uma ternura protetora.

Diego assentiu. “Tá bom”, murmurou, seus olhos ainda procurando por alguém. “Onde está o Eduardo?”

Quésia, notando a preocupação na voz de Diego, perguntou: “Ele deve ter ido para casa. Por quê? Tem algo errado?”

Cometi um erro, e um pedido de desculpas a uma criança é o mínimo que podemos fazer.

Quando Quésia e seu grupo chegaram à residência de Cecilia, ela ficou alerta, temendo que estivessem ali para causar mais problemas. Colocou-se de maneira protetora à frente de Eduardo.

“O que os traz aqui, Sra. Quésia?”, perguntou Cecilia, com a voz fria.

Ao ver a postura defensiva de Cecilia, Quésia rapidamente a tranquilizou: “Viemos pedir desculpas ao Eduardo. Eu o acusei injustamente antes, sem conhecer toda a história. Ele não merecia isso, e vim corrigir meu erro.”

Cecilia relaxou visivelmente ao ouvir o tom sincero de Quésia. Diego deu um passo à frente, os olhos cheios de culpa. “Eduardo, me desculpe”, disse Diego, a voz baixa.

Eduardo, de braços cruzados, permaneceu impassível. Não era de guardar rancor facilmente, mas não gostava da ideia de se associar com alguém cuja avó, Quésia, havia feito mal à sua mãe. Virou o rosto para o lado, a voz gelada.

“Se desculpas fossem suficientes para consertar tudo, não precisaríamos de polícia neste mundo.”