Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1166

As palavras de Eduardo deixaram os adultos constrangidos. Quésia não esperava tamanha sabedoria de alguém tão jovem.

Cecilia, por outro lado, já estava acostumada. Eduardo tinha uma queda particular por dramas de TV e costumava citar frases deles. Quando era mais novo, acompanhava Martha para assistir aos episódios mais recentes. Agora, fazia o mesmo com Lucille e Carolina.

Diego, vendo que Eduardo não estava disposto a perdoá-lo, começou a chorar novamente. Lágrimas rolavam por suas bochechas, e ele parecia um tanto triste.

Cassiana, sentindo seu coração apertar por seu filho, disse: “Eduardo, por favor, perdoe-o. Diego tentou se explicar antes, mas ele ainda é jovem e não entende muito bem.”

Quésia acrescentou: “De fato. Desde que você perdoe Diego, concordarei com qualquer uma das suas condições, não importa qual seja.”

Uma centelha de interesse brilhou nos olhos de Eduardo. “Sério? Você vai concordar com o que eu pedir?”, ele perguntou, levantando uma sobrancelha.

Quésia, pensando que o pedido de uma criança não poderia ser tão absurdo, assentiu com confiança. “Claro. Diga o que você quer.”

Eduardo inclinou a cabeça, com uma expressão séria. “Eu sinto que você desrespeitou minha mamãe. Quero que você peça desculpas a ela.”

Os adultos ficaram surpresos com o pedido. Eduardo, embora fosse jovem, era muito protetor com sua mãe. Ele não podia fazer muito por ela, mas, se tivesse a chance de defendê-la, não hesitaria.

Quésia hesitou, o olhar se desviando para Cecilia. Pedir desculpas a uma criança era uma coisa, mas pedir desculpas a Cecilia era outra bem diferente. Suas filhas tinham uma história com Cecilia, e ela mesma não gostava dela. Oferecer um pedido de desculpas sem uma razão forte era algo importante.

Cecilia também estava surpresa. Não esperava que Eduardo fizesse uma exigência tão ousada. Enquanto isso, Quésia permanecia em silêncio, claramente dividida.

Eduardo, vendo a hesitação, bufou. “Parece que suas promessas são vazias. Você diz que é uma grande chefe, mas é só uma mentirosa. Esqueça, não se incomode mais em me chamar para brincar com seu neto.”

Ele se virou para sair, com um tom carregado de desprezo.

Pela primeira vez na vida, Quésia se viu sem palavras, sendo repreendida por uma criança. Embora frustrada, ela percebeu que a felicidade de seu neto era mais importante do que seu orgulho.

Com isso, os dois meninos foram brincar, já sem lembrança do conflito anterior.

Lá fora, Quésia e Cassiana observavam as crianças com um sentimento de alívio. Embora houvesse tensão, elas estavam felizes em ver os meninos brincando alegremente juntos. Afinal, as mágoas entre os adultos não precisavam ser levadas para as crianças.

Na creche, Diego estava sempre ali para ajudar Eduardo, pronto para fornecer o que fosse necessário. Percebendo os esforços dele, Eduardo suavizou um pouco, apesar de Diego ser neto de Quésia.

“Como você é parente da velha bruxa?”, perguntou Eduardo, não conseguindo se conter depois de ver Quésia e os outros se afastando.

Diego coçou a cabeça e respondeu: “Ela não é minha vovó biológica.”

“Você tem outra vovó?”, perguntou Eduardo, curioso.

Diego assentiu. “É. Minha verdadeira vovó é incrível. Ela costumava cuidar dos idosos e das crianças no hospital.”