Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1806

“O que houve?”, Cecilia percebeu algo estranho. Ela puxou a amiga para o lado antes de perguntar o que tinha acontecido.

Carolina suspirou. “Chefe, temos outras visitas em casa hoje.”

Outras pessoas?

Cecilia perguntou, confusa: “Quem é?”

“Eles disseram que são seus parentes”, disse Carolina, parecendo um pouco conflitada.

Em Tudela, Cecilia quase não tinha parentes.

“Que parente?”

“Ela diz que é... sua avó”, Carolina forçou as últimas palavras, constrangida.

Porque ela sabia que hoje Cecilia tinha levado seus avós maternos para casa.

Mas agora, dentro da residência Smith, havia uma senhora idosa que afirmava ser a avó materna.

Por um momento, Cecilia ficou surpresa, mas logo se recompôs.

Essa avó não era estranha, na verdade, era a mãe de Paula, a mulher que um dia foi sua mãe adotiva.

Desde a infância até a idade adulta, ela, assim como Paula, não tinha nenhum apego por Cecilia. Mesmo após a morte da filha, raramente aparecia.

Por que ela está aqui de repente?

Ela apertou as mãos, sem saber ao certo o que fazer.

“Chefe, desculpe-me, não consegui impedi-la. Ela implorava desesperadamente na porta, dizendo que se não pudesse entrar, ficaria lá fora. Eu sabia que você estava trazendo seus avós hoje, e fiquei preocupada que causasse uma cena na entrada, então deixei entrar”, Carolina parecia cheia de arrependimento.

Ela raramente lidava com assuntos envolvendo mulheres tão difíceis.

Cecilia não a culpou, deu um tapinha no ombro de sua amiga e disse: “Tudo bem. Isso não é sua culpa. Não precisa se culpar.”

“O que fazemos agora?”, perguntou Carolina.

Enquanto isso, Benedita notou que Cecilia conversava continuamente, parecendo estar em uma situação complicada. Ela não pôde evitar se aproximar.

Avó?

Quésia e os dois idosos da família Jamieson ficaram todos surpresos.

Juliana, que estava ao lado, também achou inacreditável, observando silenciosamente o drama se desenrolar.

Cecilia olhou para a mulher à sua frente com um olhar indiferente. Então, apresentou sua família: “Estes são meus avós maternos, e esta é minha mãe biológica.”

Depois de falar, ela baixou a voz e explicou para sua mãe e os dois idosos: “Ela é a mãe da Paula.”

Só então Quésia entendeu.

Não era à toa que Cecilia parecia tão perturbada antes.

“Do que você está falando? Se eles são seus avós maternos, e eu, o que sou?”

Cecilia a encarou friamente. “A Paula não te contou? Não sou filha dela de forma alguma. Ela nunca me considerou como filha. E você, tem ainda menos a ver comigo.”

Houve um tempo em que a moça, sem saber que era adotada, ansiava pelo carinho de sua avó.

No entanto, naquela época, Helena declarou que Cecilia, sendo deficiente, não era digna de ser sua neta. A velha havia instruído a moça a não contar a ninguém que ela era sua avó.